segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Passaporte “Vamos bebeer?” – Com Guilherme Odri

Olá cervejeiros e cervejeiras! Tudo bem?

amizades que de tão especiais passam a fazer parte da família. É o que aconteceu entre este que vos escreve e o jornalista convidado para esta segunda viagem do Passaporte “Vamos bebeer?”.

O nome do cara é Guilherme Odri e vocês já me viram homenageá-lo aqui no blog no dia do seu aniversário quando brindei a data com a Mahou 5 Estrellas. Ocorre que para a minha alegria este amigo – com quem tenho amizade há quase 15 anos – está curtindo muito a sua vida (por razões acadêmicas) na Europa e um dos novos prazeres que ele trará na bagagem para começar a compartilhar comigo é o de apreciar esse maravilhoso mundo das cervejas.

Por isso, apertem os cintos e vamos com ele pelos seus relatos e por suas dicas de Madrid a Turim. É o Passaporte “Vamos bebeer?” decolando pela segunda vez para fechar em grande estilo – com o jornalismo poético do Guizão – este ano marcante pelas retomadas das atividades do blog.


Nome completo: Guilherme Odri

Profissão: Jornalista
Idade: 26 anos
Motivo da viagem: Lazer

É necessário começar esse texto com um aviso à comunidade do "Vamos bebeer?": apesar dos 26 anos acumulados nos dedos que digitam este relato, minha relação com a cerveja começou tarde – apesar, e muito por causa, das insistentes investidas de Renan Geishofer, o dono deste blog. Além de novo, este caso entre este que vos escreve com o objeto de estudo (e adoração) deste espaço internético é meramente amador. Portanto, seja por falta de conhecimento ou experiência, as próximas linhas são construídas com uma única base: o achismo das minhas papilas gustativas.

Dito isso, sinto que é meu dever situar-los na minha situação: vim passar um ano na Europa, buscando meu diploma de Mestrado em Jornalismo. Estou morando na Espanha, mas como é sabido, as viagens internacionais são relativamente banalizadas aqui – do ponto de vista da logística, claro. Isso significa que, com o planejamento devido, é bem viável passar um final de semana do mês em um país diferente. Portanto, aproveitando de minha situação privilegiada, resolvi escrever um pouco sobre uma cerveja de cada país que eu passei.

Madri, Espanha

A capital espanhola é recheada de boas – e baratas! – opções de cervejas. Logo na saída do Terminal 4 do Aeroporto de Barajas, onde meu voo pousou, há um gigantesco bar da Mahou, provavelmente a mais popular cerveja de Madri. Acredite: ela está por todas as partes. Exatamente por isso, descartei esse rótulo e elegi a San Miguel para ~abrir os trabalhos~. Minha escolha não foi pela tradição. A San Miguel nem sequer é espanhola (foi fundada nas Filipinas, em 1890). Sua sede fica em Barcelona, capital da "rival" Catalunha. A escolha da San Miguel como a minha cerveja favorita de Madri tem uma explicação bem simples: o litro é comercializado no Carrefour por € 1. Existem opções mais baratas nos mercados (como a Argus e as cervejas produzidas pelos varejistas), mas a San Miguel tem uma qualidade muito superior ao preço. Além disso, ela é cerveja oficial do El Tigre, tradicional ponto de tapas da cidade.

A San Miguel é uma Lager de 4,8% de teor alcoólico. Tem uma cor dourada suave e uma espuma bem leve. Na mesa deste amador, casa perfeitamente com petiscos salgadinhos e é uma ótima maneira de começar a noite.

Curiosidade: a San Miguel foi comprada no começo da década pela Danone – que a revendeu (seus 33% do grupo) em maio de 2005. Aloísio Chulapa curtiu isso.

Danone

Munique, Alemanha

A segunda parada da jornada no Velho Mundo foi em Munique, capital da Baviera. Poderia falar que fui pelos milhares de fatos históricos que se escorrem pelas ruas do lugar, pela arquitetura bávara ou para conhecer o metrô mais limpo do Planeta Terra, mas dividi o motivo da minha visita às terras alemãs com mais de seis milhões de pessoas: OKTOBERFEST.

Cada caneca do Oktoberfest é vendida por € 10. Em termos matemáticos, isso quer dizer que o festival não permite erros. Me comuniquei com os locais que garantiram: a Hofbräu Original é a melhor gelada do rolê. Quando em Roma, como os romanos, certo? Só dediquei meus suados euros a esta tradicionalíssima iguaria local. Os 5,1% de teor alcoólico foram suficientes para apagar da minha mente qualquer impressão mais precisa. Mas as manhãs seguintes não eram recheadas de ressaca – o que só pode ser um bom sinal. Para ter a experiência completa, beba ouvindo isso aqui:



O nosso colunista curtiu tanto a festança que mal lembrou de tirar fotos para nos enviar. Nós entendemos! Desta vez passa! Rss.

Turim, Itália

Fui para a Velha Bota esperando encher o caneco de vinhos, mas fiquei surpreso quando, no primeiro jantar no local, me recomendaram a cerveja Theresianer. O rótulo é tradicionalíssimo na região – data de 1766 –, mas confesso que o que me ganhou foi o rótulo todo bonitão da garrafa (sou desses). A escolhida foi uma Premium Lager de 4,8%.


O que mais me chamou atenção na cerveja foi o seu aroma, muito convidativo. Para um amador que bebe qualquer cerveja que esteja gelada, a Theresianer marcou o lateral e foi uma ótima pedida no jantar – um hamburgão pesado, que, na teoria, não harmonizava com a bebida escolhida. Mas, honestamente, funcionou bem.

BÔNUS - Barcelona, Catalunha

Na minha licença poética, a Catalunha é sim um país independente. Portanto, minha passagem pelo pequeno paraíso mediterrâneo merece ser contada. O problema é que a cerveja que bebi lá é de La Coruña: a Estrella Galicia. Geografia nunca foi o meu forte...

O passeio pela orla de Barceloneta convidava para uns ~bons drinks~. Parei para almoçar em um pequeno restaurante na beira da praia e pedi um menú completo: por € 12,50, levei uma entrada (uma tortilha de batatas), prato principal (paella), sobremesa (um sorvetinho de flocos mesmo, porque ninguém é de ferro) e duas taças da Estrella Galicia, uma Premium Lager de 4,7%. Basta dizer que esse último item foi o favorito da refeição. O dourado da cerveja brilhava com a luz do sol e o líquido escorria macio pela garganta. Pode ser que o clima brasileiro tenha afetado meu julgamento, mas ainda assim, fica a dica: se tiver a oportunidade, perca uma hora bebendo cerveja em Barceloneta.


Foto de comida pode ser feia, mas acredite: 'tava incrível

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Evento: “Vamos bebeer?” no Heineken Global Bartender Final


Olá cervejeiros e cervejeiras! Tudo bem?

Nesta retomada das atividades deste blog eu disse algumas vezes que teríamos por aqui novos conteúdos além de simplesmente analisar as cervejas que eu degusto. No começo deste mês lancei a coluna Passaporte “Vamos bebeer?” e quis o destino que o primeiro evento a que fui convidado a participar foi justamente o da minha cerveja favorita. Inclusive, foi ela a primeira a ser indicada aqui no blog. Sim, amigos e amigas! Estou falando da Heineken!

E nessa onda de ter sido a primeira cerveja do blog e de ser este o primeiro evento com cobertura do blog, nada melhor do que ser um evento com o foco principal no primeiro passo para que um cervejeiro seja realmente considerado cervejeiro: saber como tirar um chope.


O evento

Ocorre que no dia 18 de novembro foi realizada, no bar Casa 92 (em São Paulo), a Final Nacional do evento Heineken Global Bartender que premia o bartender que melhor sabe tirar um chope da Heineken no Brasil. O grande vencedor concorrerá na finalíssima mundial em Amsterdã, na Holanda, no dia 15 de abril de 2015.

E o felizardo é Edipo Ortega Mesquita, do bar curitibano Txapela, que desbancou concorrentes vencedores das fases regionais que representaram bares de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e do Ceará.

A avaliação

Quatro jurados especialistas avaliaram os profissionais levando em conta cinco passos do método "Star Serve" para se conseguir o chope perfeito: enxague do copo, tirar o chope, cortar a espuma, apresentação e a checagem final na hora de servir.

Os jurados foram: Juliate Rossi (Gerente de Operações de Chopp da Heineken), Veridiana Carvalho (Gerente da marca Heineken), Raphael Rodrigues (Blog All Beers) e Fabio Wright (site Taste and Fly).

Com a palavra, o melhor bartender do Brasil

Na teoria tirar chope pode ser algo muito simples. Mas saber lidar com o nervosismo da competição acabou sendo fator decisivo para definir o vitorioso. Edipo Mesquita soube driblar a tensão e com muita personalidade serviu os chopes aos jurados de maneira bem tranquila e saiu do Casa 92 com o passaporte carimbado para sua primeira viagem internacional.

Ao “Vamos bebeer?”, ele disse estar confiante com a disputa na Holanda. “Vamos lá mostrar que o Brasil não é bom só no futebol e que sabe também como tirar um bom chope!”, pontuou o Chefe de Bar.

O Taxpela, bar onde Edipo trabalha, tem inspiração na cultura do País Basco. Por isso que na sua camisa havia estampa da bandeira do País Basco e o escudo do Barcelona. Perguntado se ele achava que os deuses do futebol catalão (como Cruyff, Rivaldo, Messi e Neymar) o ajudaram na disputa, ele brincou dizendo que ele sabia que o Neymar estava torcendo por ele.

A experiência de Edipo vem de longa data. Ele já trabalha na noite a mais 10 anos e há mais de três no Txapela. Mesmo assim, houve uma preparação prévia com a equipe do bar que mostrou ter feito a diferença. “A adrenalina está lá em cima, mas vamos lá para ganhar!”, finalizou o grande vencedor da noite.


Os outros competidores


Também concorreram:

Iole Rocha Godinho do Bar Boozer’s Pub & Hostel (CE)
Jairo Alvim da Gama do Bar Jet Lag Pub (SP)
Jorge Gesuilo do Bar Adriano Imperador da Cerveja (MG)
José Edvânio da Silva do Bar The Joy (SP)
Marcelo Freire Arretche do Bar Heinz Beer (RS)
Rudson Filipe da Costa Guimarães do Bar La Esquina Teatro Bar (RJ)

No evento

Foi uma noite muito especial poder estar em um evento tão bacana e importante como este.

Pude tomar meu chope favorito e na companhia de velhos e novos amigos do universo cervejeiro (como você ver nas fotos dessa cobertura informal feita pelo “Vamos bebeer?”).


Com os amigos do Portal EL HOMBRE, Pedro Nogueira (Editor-chefe) e Felipe Lex (Editor de Comportamento)


Com as novas amigas do blog Meninas no Boteco (Carolina Ronconi e Adriana Dias)


Com os novos amigos do Canal TV Brejada (Kadu Mendes e Alessandra Bertoni)


Com o novo amigo cervejeiro do blog AllBeers (Raphael Rodrigues)


E com a equipe da Heineken (Clarissa Carvalho - Coordenadora de Comunicação Externa – e Gabriel Guimarães - Assessor de Imprensa) a quem agradeço o convite a receptividade durante todo o evento!

Um pouco mais sobre a Heineken

A Heineken chegou ao Brasil em maio de 2010 após a aquisição da divisão de cerveja do Grupo FEMSA. No país, a empresa gera cerca de 2 mil empregos e possui sete cervejarias localizadas em Jacareí (SP), Araraquara (SP), Gravataí (RS), Ponta Grossa (PR), Feira de Santana (BA), Pacatuba (CE) e Manaus (AM).

Com capacidade total de produção de 19 milhões de hectolitros, são produzidos e comercializados no país os seguintes produtos: Heineken, Desperados, Sol, Kaiser, Kaiser Radler, Bavaria, Bavaria Premium, Bavaria Sem Álcool, Xingu, Amstel, Gold. A companhia importa ainda as marcas Dos Equis (do México), Birra Moretti (da Itália), Edelweiss (da Áustria) e Murphy’s Irish Stout (da Irlanda).

É a marca de cerveja premium mais internacional e valiosa do mundo, a Heineken está presente em quase todos os países. A Heineken opera 165 cervejarias em mais de 70 países e em 2013 vendeu 195,2 milhões de hectolitros.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Cerveja: Bierbaum (Vienna Lager)


Olá cervejeiros e cervejeiras! Tudo bem?

Nesta semana assistimos ao amistoso do Brasil contra a Áustria no que foi o último jogo da seleção canarinho no ano de 2014. Ano que ficará marcado para sempre como o ano do 7 X 1 contra a Alemanha. E se o time austríaco mostrou aos brasileiros sua força no futebol chegando ao final do ano com apenas uma derrota, no quesito cerveja o país europeu também não deixa a desejar. Afinal, vem da Áustria um estilo de cerveja cheio de personalidade e que possui aromas e sabores variados na medida certa. Falo, claro, do estilo Vienna Lager. E a cerveja indicada será a catarinense Bierbaum Vienna da Cervejaria Bierbaum.

O estilo Vienna Lager

A cerveja Vienna Lager foi criada em 1841 por Anton Dreher na capital austríaca e o interessante é que o estilo está quase extinto na sua terra natal e tem sido muito consumido no México – para onde Santiago Graf o levou em 1899.

É um estilo dentro da família cervejeira mais famosa e consumida no mundo: a Lager. Cervejas de baixa fermentação e que têm esse nome derivado da palavra alemã lagern que significa algo como armazenar. O termo fazia referência ao fato de que tinha de se armazenar este tipo de cerveja em locais onde a temperatura era muito baixa e por longos períodos de tempo antes de serem consumidas. Ou seja: as lagers devem ser degustadas beeeeem geladas. Da mesma forma como as Vienna Lagers.

Esse estilo é pouco divulgado e produzido e refresca tanto quanto uma cerveja Pilsen ou Weiss. Só que com o aditivo de ser uma cerveja com coloração e aromas mais destacados. Aos olhos chama a atenção para a coloração acobreada brilhante. O olfato experimenta aromas que remetem a caramelo. E as papilas gustativas sentem um mix com o amargor do lúpulo e toques adocicados do malte.

É, portanto, um dos estilos que eu mais curti degustar até hoje.

Mas e a cerveja?

A Bierbaum Vienna é uma cerveja da Cervejaria Bierbaum que surgiu em 23 de abril de 2004 na cidade de Treze Tílias (SC). Foi fundada pelos irmãos Bierbaum e a fábrica foi construída em um anexo do tradicional Restaurante Edelweiss. A construção do local - ao estilo alpino muito característico da região dos alpes austríacos – foi preservada.

As cervejas são todas produzidas com ingredientes da Áustria e da Alemanha seguindo também a Lei de Pureza Alemã de 1516. E a Bierbaum Vienna possui quatro tipos de malte de cevada especial e um tipo de malte de cevada Pilsen. A coloração (como podemos ver na foto) é avermelhada, o aroma tem forte presença cítrica - por ocasião dos três tipos de lúpulo utilizados - além de leves notas adocicadas sugerindo caramelo vindas do malte.

O sabor é bem complexo. No início nota-se a presença de malte. Em seguida sentimos leves notas adocicadas e uma posterior percepção de lúpulo. De modo que é uma bebida fácil de beber e que fica com um amargor persistente no final do gole.

O que a cervejaria recomenda é a harmonização com queijos (Gruyère, Gouda e Provolone), carnes vermelhas e grelhadas. De modo que eu a consumi junto com um Filé à Parmegiana e posso garantir que a cerveja e o prato harmonizaram tão bem quanto acertar um chute firme no ângulo e marcar um golaço (como o do meia Roberto Firmino).

Ficha técnica
Tipo: Vienna Lager
Teor alcoólico: 5,4%

Seu bolso pergunta
Preço médio: R$ 20,00 (600 ml)
Onde encontar? Eu a encontrei no restaurante Degas na Avenida Pompéia em São Paulo

Onde tomei pela primeira vez? No restaurante Degas Pompéia
Por que tomei? Para conhecer

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Cerveja: Mahou 5 Estrellas


Olá cervejeiros e cervejeiras! Tudo bem?

Não há nada melhor do que poder degustar uma cerveja junto dos amigos. Ainda mais com aqueles mais chegados a quem podemos chamar de irmãos. E hoje é um dia em que estou com muita vontade de poder fazer um brinde especial com um amigo-irmão que a vida me presenteou há quase 14 anos e que comemora aniversário neste 13 de novembro. Só não o farei porque o cara está morando em Madrid.


Mas já que não posso estar lá com ele, ao menos posso brindar daqui do Brasil em intenção de que ele seja sempre muito feliz e que conquiste todos os seus sonhos. E nada mais justo do que fazer esse brinde com uma cerveja madrilenha: a Mahou 5 Estrellas. Então, Guilherme Odri, sinta-se abraçado por este amigo que tanto quer o seu bem! Aquele efusivo! E para não perdermos o hábito: “Vai com Deus, cuidado e não corre...”.

A cervejaria Mahou

Hijos De Casimiro MahouA Cervejaria "Hijos De Casimiro Mahou" (Os Filhos De Casimiro Mahou) foi fundada em Madrid em 1890 pelos filhos de Casimiro (Alfredo, Enrique, Luis e Carolina Mahou). Logo no ano seguinte – em 1º de fevereiro de 1891- foi produzida a primeira cerveja da Mahou no centro de Madrid com tecnologia de origem alemã.

No ano de 1957 – no pós-guerra – a cervejaria muda de nome a passa a se chamar Mahou S/A em um processo de renascimento das atividades. A ponto de que em 1966 a cervejaria instala um novo sistema de distribuição de cerveja e refrigeração mais moderno visando o aumento das vendas de chopp. Fato que a colocou como primeira empresa espanhola a introduzir barris de alumínio substituindo os de madeira.

Mahou San Miguel
No ano 2000 nasce a Mahou San Miguel, nova cervejaria com a união das cervejarias Mahou e San Miguel (empresa fundada em Manila em 1890 e que se estabeleceu na Espanha em 1957). 

De modo que em 2007 as cervejas Alhambra passam a fazer parte de nova empresa. No ano de 2010 são feitos acordos internacionais de marketing com a alemã Warsteiner Brewery e a Carlsberg do Reino Unido. Em 2011 chegou ao grupo a empresa Solán de Cabras que traz também ao portfólio da empresa Mahou San Miguel itens como água e refrigerantes. E em 2014 a Mahou San Miguel estabeleceu sua primeira filial fora de Espanha com a aquisição de 100% da Arian Cervejarias e Destilarias Ltda na Índia.

É, portanto, uma das maiores cervejarias da Europa.

Mas e a cerveja?

A Mahou 5 Estrellas é uma cerveja com mais de 40 anos de história – tendo sido lançada em 1969 - e hoje está presente em mais de 40 países.

É uma típica lager comercial para ser popular. Dourada, com média formação de espuma, refrescante, com leve amargor, deve ser consumida bem gelada e se assemelha muito com as nossas cervejas comerciais. Ou seja: também leva milho em sua composição.

É uma cerveja que se adequa bem ao paladar do brasileiro que consome esse tipo de cerveja em com qualquer refeição. Mas o ideal é harmonizá-la com anchovas, bacalhau, camarão, caranguejo, empanadas, grão de bico, lagosta, lula frita, mexilhões, ostras, pizza de mussarela, salmão, entre outros pratos. Fica a dica para seu jantar, Gui!

Presente hoje em mais de 40 países, é uma a cervejaria de grande visibilidade no exterior. Essa visibilidade pode também ter como grande responsável o patrocínio da marca à Seleção Espanhola de futebol e aos times da cidade: o Atlético e o Real Madrid.

De modo que esta cerveja se enquadra bem na homenagem ao meu grande amigo. Afinal, um amigo 5 estrelas e campeão merece um brinde da cerveja que patrocina o time do melhor jogador do mundo!

Hala, Guizão!

Ficha técnica
Tipo: Standart American Lager
Teor alcoólico: 5,5%

Seu bolso pergunta
Valor médio: R$ 10,00 (330 ml)
Onde encontrar? Loja Nono Bier

Onde tomei pela primeira vez? Em uma praça de Palma de Mallorca (Espanha)
Por que tomei? Para conhecer e matar a sede!

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Cerveja: Estrella Damm


Olá cervejeiros e cervejeiras! Tudo bem?

cervejas que carregam consigo um elemento único: a emoção. Afinal, a bebida costuma ser opção de muitos para celebrar bons momentos. Comigo não é diferente. E nesta segunda-feira estou um tanto quanto saudoso porque há exatos 365 dias tive um dos momentos mais inesquecíveis na minha vida em que uma cerveja coroou esse momento de celebraçãoDia 10 de novembro de 2013: o dia em que conheci o Camp Nou!

É isso mesmo. Há um ano realizei este grande sonho de poder pisar em um dos mais sagrados solos futebolísticos mundiais. Solo este em que o meu maior ídolo do momento desfila com o seu futebol: Lionel Messi.



Então vamos comigo por essa viagem nas minhas memórias desse dia tão especial?

A viagem

Em novembro de 2013 tive uma grande oportunidade de fazer minha primeira viagem internacional. E – de quebra – ainda seria uma longa viagem durante todo o mês de uma travessia marítima da Europa até o Brasil. Na companhia da namorada, meus sogros e minha cunhada parti rumo ao Velho Mundo para dois cruzeiros em que pude conhecer cidades da Itália, Espanha e Portugal. E uma das cidades era Barcelona!

Aproveitei essa oportunidade e corri para comprar os ingressos para visitar o estádio do Barça. E quase que no mesmo instante fiz uma promessa cervejeira: “assim que eu sair do Camp Nou vou comprar a primeira Estrella Damm que eu encontrar para comemorar a realização deste sonho!”

Camisa: Comprada
Cerveja: Degustada
Sonho: Realizado
A degustação

E a degustação ocorreu mais rápido do que eu pensei. Logo na saída do estádio fui procurar por um banheiro dentro da lanchonete do clube. E, como na Europa é diferente do Brasil, o uso de toaletes só é permitido na maioria dos locais por clientes que consomem no local. E quando fui procurar algo para comprar logo vi ao fundo do balcão aqueles letreiros tipo Fast Food indicando todas as opções disponíveis. Uma delas era a Estrella Damm. Aí foi só partir para o abraço. E pelo que podem ver nas fotos deste post, fui sendo perseguido pela marca nas cidades de Palma de Mallorca e Valência e acabei tomando a Estrella Damm não só na saída do estádio como também no jantar e no dia seguinte no porto antes de embarcar no segundo navio da viagem.



O jornalista e blogueiro Renan Geishofer em praça de Palma de Mallorca (Espanha)

O jornalista e blogueiro Renan Geishofer em quiosque da Estrella Damm em Valência (Espanha)

Camp Nou
O jornalista e blogueiro Renan Geishofer no Camp Nou (Barcelona/Espanha)

Mas quem é a cervejaria Damm?


August Damm e funcionários da cervejaria Damm
A cervejaria tem o seu início marcado por uma guerra. August Kuentzmann Damm e sua esposa Melanie abandonaram as terras da Alascia na primavera de 1872 por causa da guerra entre França e Prússia. E como ocorreu com outros tantos imigrantes, August escolheu a cidade de Barcelona para se abrigar e retomar a vida e fundou, em agosto de 1876, a cervejaria Damm que conta hoje com cervejeiros herdeiros da família Damm que seguem o legado de August de produzirem cervejas há quase 140 anos.

A cervejaria é uma das líderes de mercado na Espanha e também na cidade de Barcelona. Afinal, há mais de 20 anos é uma das marcas que patrocinam o time do Barcelona. E esta é uma grande oportunidade que cervejarias podem apostar ainda mais: agregar a sua imagem a de grandes equipes e atletas do mundo. De modo que este brasileiro ficou com tanta vontade de experimentar esta cerveja.

FC Barcelona

Mas como é a Estrella Damm?

O casal cervejeiro
Danielle Vogel e Renan Geishofer
degustando uma Estrella Damm
no porto de Barcelona
A cerveja é produzida desde a fundação da cervejaria em 1876 e leva em sua composição o seu próprio malte. Sendo, segundo o site da cervejaria, uma das poucas na Espanha e no mundo a produzir seu próprio malte. O que pode se assemelhar a capacidade que o time catalão tem em revelar craques em suas categorias de base.

E esta cerveja se tornou tão especial para mim que até faço vista grossa para a presença de arroz e milho na sua produção. Desta vez passa, viu?!

É então uma lager bem padrão. De cor dourada bem limpa e brilhante, média formação de espuma, é refrescante e o sabor não tem nada de muito especial e diferente. Exceto pelo fato de ser a cerveja que coroou este grande momento na minha vida.

Por ser uma Lager, ela harmoniza com o paladar do brasileiro que consome esse tipo de cerveja com todos os tipos de pratos. Sendo um dos estilos dos mais democráticos por aqui. Então pode consumi-la sem medo e da forma como preferir.


Esta foi a Estrella Damm, a cerveja de um dos momentos mais inesquecíveis da minha vida. E como vocês leram na semana passada, também foi uma das cervejas mais especiais e marcantes para a minha namorada (a primeira colunista do Passaporte “Vamos bebeer?”). Afinal, com ela ao meu lado todos os momentos são especiais e inesquecíveis.

Um brinde especial neste dia inesquecível

Ficha técnica
Tipo: Standart Amercian Lager
Teor alcoólico: 5,4%

Seu bolso pergunta
Valor médio: R$ 10,00 (330 ml)
Onde encontrar? Loja Puro Malte

Onde tomei pela primeira vez? Lanchonete do estádio Camp Nou em Barcelona
Por que tomei? Para comemorar a realização do sonho de conhecer o Camp Nou

A viagem foi realizada junto à agência de viagens Mar de Cruzeiros.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Cerveja: Colorado Indica

Cervejaria Colorado

Olá cervejeiros e cervejeiras! Tudo bem?

Cá estamos no pós-eleição presidencial. E errou quem acreditava que os eleitores se acalmariam depois do resultado das urnas. Afinal, a vitória de Dilma Rousseff motivou uma enxurrada xenofóbica com eleitores que chegaram a desejar que o país fosse dividido. Afinal, ~ por culpa do povo nordestino ~ o PT continuou no poder.

Este blogueiro reconhece que é fundamental para um país que haja debate político, mas repudio qualquer tipo de preconceito. Ainda mais com o povo nordestino que é um dos que mais sofre na história do nosso país e continua muito carente de investimentos.

Por essa razão, venho mostrar que se não fosse o nordeste – e a rapadura – não teríamos aqui no interior de São Paulo a produção de uma das melhores IPA’s do Brasil: a Colorado Indica.


Vamos conhecê-la?

Aquela que é doce, mas não é mole

Um dos doces mais típicos do Brasil, a rapadura surgiu como solução para o transporte de açúcar em pequenas quantidades para o consumo das pessoas. Afinal, no século XVI não havia tecnologia que impedisse que os grãos de açúcar fossem mantidos estocados sem umedecerem ou melarem. De modo que a rapadura podia ser transportada e consumida por viajantes mantendo-se intactas por meses.

O processo de fabricação consiste na moagem da cana-de-açúcar, fervura do caldo depois da decantação para limpeza de impurezas, moldagem e secagem. Os sertanejos nordestinos já consumiram muita rapadura com a farinha em seus locais de trabalho. Há ainda quem adicione castanha-de-cajú, coco e amendoim.

Cervejaria Colorado
O estilo Colorado

A cervejaria Colorado é - sem sombra de dúvidas - uma das maiores e mais famosas cervejarias artesanais do país e ciente de que nosso Brasilzão é plural em estilos, sabores e aromas, se beneficia desse cenário. Afinal, se no país faz sucesso o “chiclete com banana”, café com leite, rock com maracatu e solos de guitarra com tambores de candomblé, por que não produzir cervejas “misturadas”?!

E assim nasceram as cervejas Colorado que levam ingredientes como café, mandioca, mel, castanha do Pará e a rapadura.

A Colorado é uma das pioneiras no mercado cervejeiro artesanal do país (desde 1996) e acumula prêmios nacionais e internacionais. Tanto que países como França e Estados Unidos também já conhecem os sabores da cerveja do Urso de Ribeirão Preto

Mas e a cerveja?

Cervejaria Colorado

Já começo essa análise com uma provocação que justifica a minha escolha dessa cerveja como a cerveja do momento político-social do país. De início cito o estilo da Colorado Indica: uma India Pale Ale. Ou seja, é o estilo que nasceu na Inglaterra – podendo ser adorado, então, pelo público ~ elitizado/sulista do Brasil ~ que pode sair por aí se gabando de só tomar cervejas importadas. Em contrapartida a rapadura - tão popular no Nordeste - entra em cena mostrando que é um grande alimento e grande opção para a gastronomia. De modo que a tradição cervejeira inglesa faz um mix perfeito com a originalidade e simplicidade dessa iguaria Made in Brazil.

Cervejaria Colorado
A cerveja, portanto, é produzida com malte (convencional e tostado) e lúpulo (inglês) rigorosamente selecionados, água do aquífero Guarany (uma das maiores e mais puras reservas de água doce do mundo) e rapadura. Uma soma perfeita vencedora de muitos prêmios.

O sabor da cerveja é o de uma IPA tradicional com aroma e amargor bem balanceados. Como não poderia deixar de ser, há uma doçura devido à adição da rapadura. Mas é uma doçura também bem equilibrada e que não “enjoa”. Muito pelo contrário. Afinal um gole pede outro, outro, outro...

A Colorado Indica harmoniza bem com pratos mais fortes e picantes e também com queijo gorgonzola.

Esta é uma das melhores IPA’s que eu já provei e a Colorado acerta em dizer que suas cervejas de tão plurais tornaram-se únicas. E de tão brasileiras tornaram-se internacionais.

Então preconceituosos de plantão, pensem bem antes de cogitarem a divisão do país. Afinal, o nosso país precisa muito de todas as regiões. E vão lá tomar uma Indica para acalmarem os ânimos, abestados...

Um brinde ao Brasil!

Cervejaria Colorado
Ficha técnica
Tipo: India Pale Ale
Teor alcoólico: 7%

Seu bolso pergunta:
Preço médio: R$ 15,00 (600 ml)
Onde comprar? Fácil de encontrar em muitos supermercados como Pão de Açúcar e Mambo

Onde tomei pela 1ª vez?
Churrasco com o amigo Aureo Barbosa em sua loja Novarte Acabamentos.

Por que tomei?
Convidados do churras me convidaram para provar. Aí matei a vontade de conhecer!

Novo fã
Indiquei esta cerveja para o meu chefe Gabriel Cinquini no meu primeiro Happy Hour com a equipe da Altamidia e o cara pirou. Virou fã de carteirinha!