segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

2014 começa agora!

Olá amigos cervejeiros! Tudo bem?

Todo começo de ano fazemos aquelas resoluções para colocar a vida em dia e que queremos novos rumos para os próximos 12 meses. Comigo também não é diferente e inicio o ano de 2014 com uma grande meta: dar a devida atenção a esta página para que possamos estabelecer mais e melhor contato.


Dessa forma, retomo nesta segunda-feira (27/01) oficialmente os trabalhos com o "Vamos bebeer?" com duas novidades: o lançamento do nosso logotipo oficial e informando que a partir de hoje o blog se tornou parceiro do site Brasil Travel News.


Este logotipo é fruto do trabalho da designer Andrea Odri a quem agradeço pelo trabalho. Talentosa a menina, hein?!

Também agradeço a jornalista Flávia Lellis por ceder espaço no site Brasil Travel News onde publicaremos textos semanais sobre o líquido que tanto amamos!


Espero que este blog possa se tornar um espaço em que vocês amigos leitores encontrem informações que possam ser úteis para aquele bate papo entre amigos quando vocês poderão dizer as origens de cada cerveja!

Forte abraço a todos e “Vamos bebeer?”!

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Cerveja: Bohemia Escura


Eis que chegamos à nossa 25ª dica cervejeira. E a escolhida é nada mais nada menos do que a Bohemia Escura, uma das cervejas produzidas na cervejaria Bohemiaa primeira cervejaria brasileira.  Vamos a uma rápida viagem pelo tempo para conhecermos um pouco mais da história da Bohemia?

A cervejaria nasceu em 1853 fundada pelo colono alemão Henrique Kremer, em Petrópolis (Rio de Janeiro). A fábrica daria origem à Cia. Cervejaria Bohemia. Até o ano de 1859 a produção da Cerveja Bohemia era artesanal e a empresa começava a crescer. Em 1865 morre o mestre cervejeiro Henrique Kremer e a fábrica de cerveja passa a ser administrada por seus herdeiros, passando a se chamar Augusto Kremer & Cia. A parceria entre os herdeiros dura até o ano de 1876 e a fábrica de Petrópolis ganha outro nome: “Imperial Fábrica de Cerveja Nacional”. Em 1883 a cervejaria chegou à expressiva marca de produzir 1 milhão de garrafas – e pensar que naquela época o país tinha uma população em torno de 14 milhões de pessoas. Em 1898 o neto de Henrique Kremer - que possuía o mesmo nome do avô - e mais vinte e quatro petropolitanos ilustres formalizam a Companhia Cervejaria Bohemia, incorporando todos os bens da antecessora (Imperial Fábrica de Cerveja Nacional). A produção da fábrica era de seis mil garrafas por dia. E podemos crer que vem dessa época a vocação do país para a degustação de cervejas, hein?!


Em 1908 a Cia. Cervejaria Bohemia ganha o Grande Prêmio na Exposição Nacional do Rio de Janeiro. Dois anos depois, em 1910, a produção vai a 18 mil dúzias de garrafas por mês. Em 1922 a companhia recebe novamente o Grande Prêmio na Exposição Nacional do Rio de Janeiro. Em 1930 a produção dobra e vai a 36 mil dúzias de garrafas por mês. 30% do total era cerveja Bohemia.  Em 1954 a Bohemia passa a contar com diversos produtos no mercado: seis marcas de cervejas e mais ingredientes. Em 1960 a empresa foi comprada pela Companhia Antarctica Paulista, com produção, na época, de 80 mil dúzias por mês. Atualmente, a cervejaria faz parte da AmBev. Seis anos depois ocorre a ampliação das antigas instalações da fábrica e construção de dois novos prédios. Em 1968 a produção sobe para 120 mil dúzias de garrafas por mês. 1980 é o ano da primeira campanha publicitária da Cerveja Bohemia e dois anos depois a produção se eleva para 250 mil dúzias de garrafas por mês. Em 1985 a companhia decide por produzir somente a Cerveja Bohemia. Em 1996 a Antarctica cogita o fechamento da fábrica de Petrópolis e o engarrafamento da Bohemia passa a ser feito em Jacarepaguá. Em 1998 acontece o fechamento da fábrica de Petrópolis. Toda a produção – de 350 mil dúzias de garrafas por mês - passa para Jacarepaguá.

Em 2002 é então lançada a Bohemia Escura, cerveja do tipo Schwarzbier. Era uma edição limitada, mas, com o sucesso do lançamento, a Ambev começou a formação da Família Bohemia que, hoje, além da Escura, inclui mais 3 tipos: a Weiss (lançada em 2003), a Confraria (lançada em 2005) e a série limitada Oaken (lançada em 2008).

Eis um pouco da história da cervejaria que comemorou em 2013 seus 160 anos de história.

A Bohemia Escura é produzida com maltes raros importados de Munique é encorpada e extremamente cremosa. Por conta do seu estilo – o Schwarzbier – ela possui maltes bem torrados. O sabor suave combina muito com o clima quente brasileiro. Por isso não é desculpa deixar de prova-la acreditando que toda cerveja escura apenas deve ser consumida no inverno. E outro mito derrubado por ela é que cerveja escura tem que ser doce.

É excelente pedida para quem quer apreciar cervejas nacionais e começar a experimentar novos sabores – como o das cervejas escuras.


Ficha técnica
Tipo: Dark American Lager
Teor alcoólico: 5%

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Cerveja: Chimay Red


Olá amigos! Já apresentei muitas cervejas alemãs neste blog, mas também há outros grandes países com forte cultura cervejeira ao redor do mundo. Um deles é a Bélgica, que nos brinda com excelentes opções de bebidas. Uma delas é a Chimay Pères Trappistes que é produtora de um estilo de cerveja bastante tradicional: o trapista – cuja produção é feita unicamente por monges trapistas. Dos mais de 170 mosteiros trapistas do mundo, apenas oito podem ostentar a alcunha de produzirem cervejas trapistas. Um deles é o da cervejaria Chimay. Mas vamos do começo para que vocês possam conhecer o histórico da cervejaria.

Oriunda da Abadia de Notre Dame de Scourmont Abbey, a Chimay é uma das seis cervejas belgas que podem carregar o logotipo de “Autêntico Produto Trapista” – concedido pela Associação Internacional Trapista. O que significa que é fabricada dentro das paredes de um mosteiro trapista sob o controle e a responsabilidade da comunidade de monges. E a receita é dedicada ao serviço social.

Os princípios da cerveja trapista são estes:

- Fabricação no local ou nas proximidades do mosteiro;
- A comunidade monástica está envolvida na gestão e todos os aspectos dos meios necessários para o seu funcionamento. Isso deve refletir claramente no relacionamento subordinado inquestionavelmente com o mosteiro beneficiário e a relação com a cultura da própria empresa no plano da vida monástica;
- E a renda prevê a maior parte das necessidades da comunidade e para os serviços sociais.

A Associação Internacional Trapistas, por sua vez, reúne todos os mosteiros da Ordem Cisterciense da Estrita Observância que comercializam seus produtos, cujos objetivos são:

- Suportar os seus mosteiros, protegendo a designação "trapista" e seus interesses econômicos comuns;
- Exercer a supervisão sobre referência à ordem religiosa e distribuir informações corretas;
- Os mosteiros membros devem cooperar sobre o significado de seu trabalho e trabalhar em conjunto de que sejam impostas novas condições;

- E assistir ao desenvolvimento de uma rede de solidariedade com outras associações monásticas em nível internacional.

Ou seja, a Chimay não se trata apenas de uma empresa que quer vender seus produtos, mas sim disseminar a cultura trapista – e cervejeira – ao redor do planeta transmitindo seus valores a todos os povos. Ótima iniciativa!

Por isso que desde 1862 os monges da Chimay, para atender suas necessidades e as de seus fundamentos, bem como para apoiar o emprego na sua região, desenvolvem a produção de cervejas belgas e queijos trapistas que, graças ao seu caráter e suas qualidades, obtém grande sucesso.

Naquele ano os monges de Chimay formaram a primeira cervejaria "Chimay Première" de acordo com a tradição monástica de cerveja natural. Em 1948 o Padre Theodore isola as células de levedura únicas que ainda hoje formam a base para germinar as cervejas Chimay e cria a Chimay Red em garrafa de 330 ml. No Natal de 1948 foi feita a primeira “Cerveja de Natal” que, mais tarde, tornou-se a Chimay Blue. Em 1966 foi criada a Chimay Triple. Em 1982 surgiu a Grand Reserve. Em 1986 surge a Cinq Cents e em 2001 é criada a Triple.

A Chimay Red, ou "Premiere", em garrafas de 750 ml, é a mais antiga das Chimays. A receita foi trabalhada pelo Padre Théodore quando ele recriou a cervejaria após a Segunda Guerra Mundial. Ele foi diretamente inspirado pelas receitas originais dos primórdios da cervejaria.

Esta cerveja trapista possui uma bela cor avermelhada (que lembra o cobre) o que a torna particularmente atraente – afinal também apreciamos a cerveja pelos olhos. Sob uma espuma cremosa, se desprende um aroma frutado notável. O aroma sentido na boca faz um ótimo equilíbrio por conta de um sabor levemente amargo. O sabor também é mais especial porque ela passa por um segundo processo de fermentação na garrafa.

Com toda essa interessante biografia e qualidade atestada por membros da Igreja, quem é o “Vamos bebeer?” para discordar que essa cerveja deve ser consumida por todos os nossos leitores?! É de apreciar rezando. Amém, Chimay e monges trapistas!

Ficha técnica

Tipo: Belgian Dubbel
Teor Alcoólico: 7% 

sábado, 4 de janeiro de 2014

Cerveja: Birra Moretti – Baffo D’Oro (Bigode de Ouro)


Não é só de massas, vinhos e gelatos que vive a Itália. A Velha Bota também pode se orgulhar de ser produtora de excelentes opções de cervejas. Uma delas é a Birra Moretti, cerveja cheia de histórias e detentora de muitos prêmios. E tal qual seus habitantes, a marca também é pra lá de carismática com um senhor bigodudo estampando o rótulo da bebida.

A história da Birra Moretti vem de longa data. Desde o ano de 1859 a cervejaria escreve uma longa história de qualidade que nasceu em Udine (em Friuli) a "Brewery and Ice", por Luigi Moretti. Udine era então uma cidade muito tranquila rodeada por um círculo de muros que a comunidade local tinha construído desde 1350. Essas antigas muralhas abraçavam uma pequena cidade com economia voltada ao comércio e artesanato em uma época decisiva para a unificação da Itália.

Naquela época Friuli ainda estava ligada ao império austro-húngaro e os movimentos patrióticos também estavam muito vivos na cidade. Não por acaso, no castelo que domina Udine, foi alocada uma guarnição austríaca e na praça principal foram colocados alguns canhões. Foi neste clima de inquietação – no mesmo ano das as famosas batalhas de Solferino e San Martino – que Luigi Moretti, trinta e sete anos depois, olhando para o futuro, decidiu construir a sua própria cervejaria.

Luigi Moretti era nascido em uma família rica de comerciantes no segmento de atacado de cereais, vinho, bebidas, comida e, claro, também no negócio de cervejas, que sua família adquiriu da vizinha Áustria. Luigi nem imaginava que a inauguração da sua pequena fábrica estava destinada a crescer tanto.

A primeira garrafa de Birra Moretti foi vendida no verão de 1860. Embora a embalagem fosse um pouco diferente. Mas a qualidade do produto manteve-se inalterada. Tanto que no início dos anos 1990 a Birra Moretti passa a ser distribuída nacionalmente continuamente crescendo e ganhando mais novos fãs e admiradores.

Hoje a Birra Moretti é exportada para mais de 40 países em todo o mundo incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Japão e Brasil (trazida pela Heineken) e já ganhou importantes prêmios internacionais. Em 2006 a cerveja foi a única marca italiana que conquistou a medalha de ouro e uma medalha de prata na Copa do Mundo da Cerveja, a competição mais importante na indústria global. Durante o mesmo período a Birra Moretti conquistou mais 5 medalhas na competição australiana de cerveja International Awards, a mais importante competição internacional no hemisfério sul.

O rótulo da cerveja com um bigodudo estampado é um item que torna a bebida ainda mais carismática. O bigode tem uma história bastante singular. Em 1942 a Birra Moretti já era apreciada em toda a região de Friuli por mais de 80 anos. Um dia o comandante Lao Menazzi Moretti viu um homem velho de bigode sentado em uma mesa no restaurante Groves Tricesimo (em Udine). Era ele o personagem que estava sendo procurado para imitar o caráter e a personalidade de sua própria cerveja: genuíno, tradicional e autêntico. O Comandante Moretti não deixou o velho homem escapar, aproximou-se dele, pediu permissão para fotografá-lo e que ele queria em troca: "Dá-me de beber é o suficiente para mim”, respondeu o homem velho.

As fotos foram tiradas e foram veiculadas após o período turbulento da guerra, quando foram entregues ao Professor Centeio, artista conhecido da época que com base na descrição das cores originais feitas a ele pelo Commendatore Moretti (porque as fotos estavam em preto e branco), produziu um outdoor que tem sido usado há anos em todos os lugares onde se vendem a Birra Moretti . Daí nasceu o agora famoso rótulo da Birra Moretti.

O Baffo D'Oro da Birra Moretti


Inclusive, quando as fotos foram entregues aos varejistas de Birra Moretti, dezenas e dezenas de pessoas acreditavam reconhecer o velho homem, mostrando que o Commendatore Moretti foi capaz de identificar um personagem verdadeiro e genuíno.

A partir da grande tradição italiana de fabricação de cerveja, a Baffo D’Oro é 100% puro malte a partir de castas selecionadas sem o auxílio de qualquer outro cereal. Portanto a cerveja é produzida com malte de cevada, lúpulo, água e uma levedura especial presente desde seus primeiros anos, todos seguindo um processo tradicional que se mantém quase inalterado desde 1859. A bebida é dona de uma cor de dourada brilhante que justifica seu nome, além de ser muito refrescante.

Una buona birra! Salute, amici do “Vamos bebeer?”!




Ficha técnica

Tipo: Premium American Lager
Teor alcoólico: 4,8%

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Cerveja: Hofbräu (Original)


Sim amigos leitores. Aqui está mais uma sugestão de cerveja alemã para vocês. E não é qualquer uma, mas sim uma que é considerada uma das mais famosas cervejarias do mundo: a Hofbräu.

A empresa foi fundada em 27 de setembro de 1589 pelo Duque William V da Baviera que não estava satisfeito com as cervejas que tinha que beber, em maioria importadas da cidade de Einbeck, na Baixa Saxônia. Por esse motivo resolveu criar uma cervejaria. Assim, contratou Heimeran Pongraz, o mestre cervejeiro do Monastério de Geisenfeld, para planejar e supervisionar a construção da Hofbräuhaus. Por essa razão a cerveja era de uso exclusivo do Duque (apenas em 1828 a cervejaria foi aberta ao público).

Após alguns anos, conforme ia crescendo, a cervejaria teve que mudar de endereço e criar novas instalações para adequar a sua produção. No decorrer da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente entre abril de 1944 e maio de 1945 a Hofbräuhaus foi bombardeada por ataques aéreos, fato que praticamente dizimou a cervejaria, porém em 1958 esta maravilhosa fábrica foi reaberta, totalmente reconstruída.

Localizada no centro de Munique, a cervejaria é um símbolo da hospitalidade de cidade e da Baviera. Os amantes da cerveja de todo o mundo visitam a cervejaria para degustar as cervejas criando uma atmosfera toda especial na capital da cerveja alemã.

A Hofbräuhaus

Na Alemanha é extremamente comum a existência de locais com grande espaço reservado à convivência e à degustação de cerveja, que são conhecidos como Biergarten (jardins da cerveja). Em Munique há mais de cem Biergartens e entre eles se destaca o da cervejaria Hofbräu, o famoso Hofbräuhaus de onde são tiradas as mais famosas fotos de garçonetes carregadas com vários canecos de cerveja.

E antigas tradições da Hofbräuhaus têm sido mantidas, como a tradição recente na mesa dos frequentadores, por exemplo, que pagam a sua cerveja não com dinheiro, mas com fichas de cerveja como nos velhos tempos.

Inclusive a cerveja Hofbräu já teve função de pacificar as tropas suecas na Guerra dos Trinta Anos. 362 baldes cheios de Bockbier do Hofbräuhaus foram oferecidos ao exército conquistador sueco que decidiu não destruir Munique depois de tudo.

Dentre os visitantes mais famosos da Hofbräuhaus destacam-se Wolfgang Amadeus Mozart que passou muito tempo na Hofbräuhaus em 1780 e Lenin - o líder revolucionário russo – que visitou o Hofbräuhaus em 1913, com sua esposa Nadezhda. Mais tarde ela escreveu em suas reminiscências: "Temos memórias especialmente afeiçoadas do Hofbräuhaus, onde a boa cerveja apaga todas as diferenças de classe".




A cerveja é refrescante e levemente amarga, de baixa fermentação - do tipo Lager - (também conhecida como "Light Münchner Bier") dona de uma bela cor dourada. É uma bebida refrescante que combina muito com o paladar do brasileiro ávido por bebidas que aliviem o calor dos trópicos.


Ela é produzida de acordo com a “Lei de Pureza de 1516”, por isso não contém qualquer tipo de aditivos químicos, corantes, conservadores ou cereais não maltados, como o milho e o arroz. A composição leva somente malte, lúpulo, levedura e água. Excelente pedida!

Ficha técnica

Tipo: Munich Helles
Teor alcoólico: 5,1%

Cerveja: Beck's


Cerveja saborosa, jovem e com aquele toque que somente as bebidas alemãs conseguem ter. Esta é a Beck’s, que se descreve como uma cerveja de extrema pureza, sabor distinto, espírito progressivo, apelo autêntico e cosmopolita. Assim, a Beck’s se propõe a ser a companhia ideal para o cervejeiro em suas viagens para descobrir o mundo.

A Beck’s foi fundada em 27 de junho de 1873 quando o mestre cervejeiro Heinrich Beck, o engenheiro Lüder Rutenberg e Thomas Bay, resolveram formar a cervejaria Kaiserbauerei Beck & May, na cidade de Bremen (norte da Alemanha). A Beck’s Pilsner Premium foi a primeira bebida produzida por eles e que seguiu à risca a Reinheitsgebot – a Lei da Pureza da Cerveja de 1516 – que define que a cerveja deve ser produzida utilizando somente malte de cevada, lúpulo e água. A cerveja era comercializada em pequenos estabelecimentos da cidade.

No ano de 1875 a cervejaria adotou o nome Kaiserbauerei Beck & Co., depois da saída de Thomas May da sociedade. Já em 1876 surgiriam três ícones da marca: a chave que aparece nos rótulos da cerveja e que representa a “Key of Bremen” (chave da cidade de Bremen), o rótulo oval e a tradicional garrafa verde (para que a luz não alterasse o sabor da cerveja) – o que foi considerada uma grande inovação para a época porque outras cervejas eram vendidas em garrafas de cor âmbar.

Outro fato importante daquele ano foi a eleição da Beck’s como melhor cerveja do mundo em uma tradicional feira realizada na cidade de Filadélfia nos Estados Unidos. Com o reconhecimento mundial, as primeiras exportações da cerveja começaram em 1886. Em 1893, a cervejaria foi apenas a segunda da Alemanha a estabelecer seu próprio laboratório de bacteriologia.

Na década de 1920 a empresa adquiriu várias pequenas cervejarias o que fez com que a cervejaria se estabelecesse ainda mais no mercado. Em meados desta década, com a queda acentuada nas vendas devido a grande depressão americana, a empresa inaugurou duas fábricas na Ásia, localizadas na Indonésia e em Singapura, para poder disputar mercado com marcas japonesas nessa região. Um dos períodos mais difíceis para a empresa começou em 1939 com o início da Segunda Guerra Mundial, quando as exportações foram praticamente interrompidas para suprir o fornecimento interno e de pequenos mercados locais europeus. As exportações recomeçaram somente ao término do conflito, em 1948, depois de uma grande reestruturação da empresa, com as primeiras 200 caixas sendo exportadas para a cidade de Bangkok na Tailândia. No ano seguinte a cerveja reapareceu no mercado alemão depois de uma década de ausência.


No ano de 1975 a cervejaria decidiu atender a bares e restaurantes com seus tradicionais barris, antes, a cerveja era encontrada somente em sua famosa garrafa verde nesses estabelecimentos. Em 1984 a Beck’s foi introduzida no mercado britânico, se tornando rapidamente a cerveja importada número 1 da Inglaterra. Na década de 1990 a cervejaria ingressou em vários mercados, como por exemplo, o asiático, australiano e africano, fortalecendo ainda mais sua presença internacional.


No ano de 2002 a cervejaria, até então administrada por famílias locais, foi adquirida pelo poderoso grupo belga Interbrew AS, que pagou US$ 2.1 bilhões, passando a ter uma forte distribuição no mundo inteiro.

Além da tradicional garrafa verde um dos mais fortes símbolos de reconhecimento da marca é seu tradicional rótulo oval, cujo principal ícone é a “Key of Bremen” (chave da cidade de Bremen), na verdade uma imagem espelhada do brasão de armas da cidade alemã.

“Ein Beck's auf die schönen seiten des winters”  (A Beck está no lado belo do inverno). Mas ela vai bem em qualquer temeperatura























A Beck’s tem sabor semelhante ao da Heineken, Amstel e Carlsberg. É uma Lager com leve amargor. É produzida com cevada do sul da Inglaterra, uma cepa de levedura, a água do rio Rotenburger Rinne e lúpulo Hallertau do sul da Alemanha.

E com esse intercâmbio de sabores a Beck’s está presente em mais de 100 países sendo uma das mais importantes marcas da cervejaria AB InBev, que exporta mais de 34 milhões de caixas a colocando como cerveja alemã mais exportada do mundo. Os maiores mercados da cerveja fora da Alemanha são: Reino Unido, Estados Unidos, Itália, Austrália, Ucrânia, Romênia e Rússia. A produção anual de Beck’s é superior a 7,2 milhões de hectolitros. Hoje, além da Alemanha, a cerveja é produzida em unidades na Bulgária, Austrália, Ucrânia, Sérvia, Montenegro, China, Nigéria, Romênia, Turquia e Bósnia.

Uma pena que ainda não encontrei a Beck’s em São Paulo, porque ela é uma dessas cervejas que valem cada gole. Gesundheit!

Ficha técnica
Tipo: Premium American Lager
Teor alcoólico: 4,8%


Com informações do blog Mundo das Marcas

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Cerveja: Patagonia Weisse


Aqui no “Vamos bebeer?” vocês leitores já puderam conhecer a Patagonia Bohemian Pilsner. E agora volto a indicar uma das cervejas da marca, a Patagonia Weisse, produzida pela cervejaria argentina Patagonia mantida pela Quinsa, uma holding sediada em Luxemburgo, que controla 93% da Quilmes International e o restante é detido pela Companhia de Bebidas das Américas – a AmBev. Ambas controlam os negócios de bebidas em cinco países latino-americanos com marcas de cerveja como fortes líderes de mercado na Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai, além de terem presença também no Chile.

A bebida é uma típica cerveja de trigo, com atraente coloração opalescente de ouro pálido que ganha a cobertura de uma espuma branca cremosa formada por proteínas de trigo e que indica sua alta carbonatação.

O aroma é brilhante, cítrico, levemente picante, com notas de laranja e maçã. Tal sabor é um verdadeiro convite para ser degustado em dias quentes devido a sua refrescância. Muito embora o sabor da cerveja seja levemente amargo, mas também é bastante complexo por conta da combinação de laranja que apresenta acidez e um corpo suave. No site da cervejaria há a recomendação de consumi-la com fatias de frutas cítricas como laranja, e limão.












Ficha técnica

Tipo: German Weizen
Teor alcoólico: 5%

Cerveja: Bad Moose (Pale Ale)


Para quem não conhece muito o mercado nacional das microcervejarias dizer que uma delas produz mais de 100 mil litros de cerveja pode parecer algo irreal. Mas o fato é que esse mercado, ainda iniciante, já alcança números expressivos. Tais quais como esse que é a capacidade média de produção da cervejaria Blondine (loira em alemão) a cada mês. Algo notável para uma cervejaria que nasceu em 2008, fruto da visão empreendedora de seus sócios que apostaram nesse mercado que vive em franco crescimento no país: o das cervejas premium artesanais.

A fim de se obter materiais e condições ideais para atingir um produto de qualidade, foram pesquisados ingredientes nacionais e importados, blends e água por mais de dois anos. Após pesquisas e investimentos, a produção foi instalada em Santa Catarina, polo de cervejarias do país e foi montado um show room em São Paulo.

A água utilizada na formulação de cervejas é um diferencial, desenvolvida com água puríssima do Aquífero Embasamento Cristalino da Bacia Hidrográfica do Iguaçu. As cervejas são produzidas de acordo com as mais rigorosas leis de fabricação de cerveja, utilizando apenas lúpulo, cevada e água. A fórmula foi trazida da Alemanha e adaptada ao paladar brasileiro com matérias primas de origem internacional vindas de países tradicionais em produção de ingredientes para cervejas como Alemanha, Bélgica, República Tcheca e França que produzem uma cerveja totalmente de acordo com a “Lei de Pureza Alemã”.

O processo de produção é artesanal aliado a tecnologia e alto investimento dos equipamentos de controle, que garantem uma formulação estável e trazem confiabilidade aos revendedores e aos clientes.

Uma das cervejas da Blondine é a Bad Moose Pale Ale, que apresenta aparência acobreada e brilhante com rico aroma, aparência cremosa, translúcida, frisante e com um equilibrado amargor.

E fazendo jus ao alce que estampa o rótulo, a Bad Moose mostra que tem força para brigar por um lugar de destaque no mercado das cervejas artesanais. Por isso o “Vamos bebeer?” a recomenda para você amigo leitor. E como a própria marca diz: “Vai de cabeça!”.








Ficha técnica

Tipo: Pale Ale
Teor alcoólico: 4,7%

Cerveja: Erdinger Weissbier


Sinônimo de tradição e qualidade em seus produtos, as cervejas alemãs são sem dúvida umas das líderes de consumo em todo o mundo. E uma das marcas que são um verdadeiro motivo de orgulho nacional para os alemães – e bávaros – é a Erdinger.

Produtora de uma das maiores cervejas cerveja de trigo do mundo, a marca alia tradição e progresso – que caminham lado a lado – na fabricação da bebida de acordo com receitas tradicionais, mas usando também muita tecnologia. Razão pela qual as cervejas de trigo da companhia são tão conceituadas e aclamadas.

Os primórdios da Erdinger Weissbräu remontam a 1886, ano em que a construção de uma fábrica de cerveja de trigo em Erding foi registrado pela primeira vez oficialmente. Depois de várias mudanças de propriedade, o gerente geral na época, Franz Brombach, comprou a cervejaria em 1935 e a renomeou com o nome de Erdinger Weissbräu em 27 de dezembro de 1949.


Em 1965, o filho de Franz Brombach, Werner Brombach, entrou no negócio, assumiu a cervejaria em 1975 e ainda lidera negócio bem sucedido de seu pai até hoje. Além de uma forte ênfase na qualidade, Werner Brombach se concentra, sobretudo, em uma estratégia de promoção de vendas destacando os valores da velha especialidade da cerveja da Baviera e de seus padrões de qualidade superior. Hoje, a Erdinger Weissbier é uma das marcas mais lembradas pelos fãs desse estilo de cerveja e confere à bebida prazer em seu sabor aliado à tradição cervejeira bávara. A cervejaria se estabeleceu como uma das líderes de mercado - nacional e internacional - do estilo weissbier (cerveja de trigo).

A cerveja é fabricada usando levedura fina de acordo com uma receita tradicional e, é claro, em estrita conformidade com a Lei de Pureza da Baviera. Ainda hoje, a cerveja é produzida da forma tradicional de fermentação em garrafa - que leva de três a quatro semanas para a bebida “amadurecer”. Por essa razão seu sabor é ainda mais destacado. Sua coloração opaca é um convite aos sentidos para que visão e olfato possam contemplar cada gole da cerveja. Por ser uma cerveja de trigo é possível se notar aromas frutados e sabor mais encorpado. Além de ser muito refrescante. O que a torna excelente pedida para todos os dias do ano neste nosso país tropical.

Ficha técnica

Tipo: German Weizen
Teor alcoólico: 5,3%