segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Vamos Bebeer no lançamento da cerveja VOTUS American IPA


Ela é a 14ª Economia do Estado de São Paulo e a 41ª do Brasil; sua área que representa quase 5% do território do ABCD Paulista, fica entre São Paulo e São Bernardo do Campo, tem mais de 380 mil habitantes, emancipou-se em 1960 e tem atuação destacada na atividade industrial. Esta é a cidade de Diadema que também pode dizer que tem uma cervejaria para chamar de sua: a Cervejaria VOTUS que acaba de lançar sua mais nova produção cervejeira. A cerveja da vez é a 009 American IPA.

Produzida para atender tanto o consumidor mais experiente (os conhecidos Hop Heads) quanto para quem está entrando agora no Universo das Cervejas Especiais, a cerveja tem tudo o que esperamos deste estilo que dia a dia torna-se mais forte no Mercado Brasileiro. Espuma bem formada e de boa persistência; coloração dourada; aroma que remete a frutas como maracujá e manga além de um delicioso toque herbal (proveniente do lúpulo); sabor com elevada (porém equilibrada) presença do frutado já mencionado com o malte caramelo em segundo plano; corpo médio; final levemente seco e altíssimo drinkability. Daquelas que podem ser tranquilamente degustadas no volume (sempre com responsabilidade).

E o que a torna ainda mais interessante para os consumidores da Capital e Grande São Paulo é que a cerveja chega aos Pontos de Venda vindo diretamente da cervejaria. Ou seja: esta e todas as outras produções da VOTUS não sofrem muito desgaste no seu transporte. Porque para quem não sabe, digo que as cervejas especiais são muito delicadas por não terem aditivos químicos e estabilizantes. Então ficando menos “cansadas” e “estressadas”, elas chegam ao seu copo com a melhor qualidade. Inclusive, este é um dos maiores destaques dessas cervejas.

O Vamos Bebeer esteve no lançamento da cerveja – promovido no último dia 15 de setembro no Empório Alto dos Pinheiros – e aproveitei para conversar com os representantes da VOTUS para saber mais sobre o histórico da Cervejaria e a sua atuação no Mercado.

-----

A VOTUS surgiu em 2014 do desejo de um dos sócios (Flavio Athayde) que era o de trabalhar com cerveja. Tanto que ele já fazia cerveja em casa e se entusiasmou com o crescimento do Mercado Cervejeiro.

E logo no início, a VOTUS já começou produzindo seis estilos que ditam o tom da identidade da marca. “São todos estilos clássicos e que são estilos muito fáceis de beber e de gerar aceitação de todos os perfis de consumidores. E são fáceis por não serem muito alcoólicos e por não serem muito amargos. Sabemos que é difícil pegar esse meio termo e achamos que estamos indo pelo caminho certo”, destaca Alex Holanda.

Alex ainda revela que neste momento a Cervejaria está iniciando uma nova fase na sua operação em uma nova fábrica onde será possível produzir suas cervejas com ainda mais qualidade e com uma estrutura que pode atender melhor a demanda do Mercado pelos rótulos da empresa (a produção gira na casa dos 15 mil litros por mês). Demanda que vem crescendo também por conta do trabalho comercial que está sendo executado de reposicionamento da marca no Mercado. Um dos resultados desse trabalho é a oferta de cervejas a preços competitivos e convidativos. Tanto que no dia do seu lançamento, o chope da 009 American IPA (Pint de 470 ml) estava saindo por R$ 11,00. Inclusive, a VOTUS estampa em seus rótulos os números das receitas de cada cerveja. A 7 e a 8 devem chegar em breve ao Mercado.


Marcelo Bonato, Gerente Comercial da VOTUS, nos contou também que a empresa está com estratégia de distribuição em todo o Brasil. “Estamos hoje em seis estados brasileiros com distribuidores parceiros e a distribuição em São Paulo Capital e no Grande ABC é feita através da VOTUS que conta com a ajuda de uma empresa operadora logística especialista no assunto”, explica Bonato. E a esse fator da Distribuição Própria na Grande São Paulo, Alex credita a questão do valor que o consumidor encontra nas cervejas. “Temos o Pint de American IPA mais barato de São Paulo e isso vai dar um boom no mercado”, destaca Alex.

Onde comprar? Empório Alto dos Pinheiros (EAP)
Quanto custa? R$ 12,00 (300 ml)


Mais informações sobre a Cervejaria VOTUS no Facebook e no Site Oficial

Renan Geishofer - Jornalista e Sommelier de Cerveja

SIGA-NOS NAS REDES SOCIAIS

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Vamos Bebeer no 5º Encontro da Cerveja Artesanal São Paulo


Olá cervejeiros e cervejeiras! Tudo bem?

No último dia 10 de setembro o Vamos Bebeer teve a honra de ser gentilmente convidado a participar de um evento cervejeiro que edição após edição vem se consolidando como o maior da cidade de São Paulo: o Encontro da Cerveja Artesanal São Paulo que em 2016 chegou à sua 5ª edição e foi promovido no Centro de Convenções Frei Caneca.

E como um evento deste porte merece uma atenção especial, o blog resolveu produzir uma Reportagem Especial e definitiva do que aconteceu durante o evento sob a ótica de diferentes personagens que fizeram parte dele, bem como apuramos os bastidores da organização e a origem da sua principal figura: a cervejeira Lisa Torrano.

Se ajeita na cadeira, pega a sua cerveja porque lá vem textão (sim)! O apreciem sem moderação!

-----


Lisa Torrano
Cajuru. Cidade do interior paulista localizada na região nordeste do estado na divisa com Minas Gerais e distante 360 km da capital. Sua economia é baseada nas atividades agropecuárias tendo o café, a cana-de-açúcar, o arroz, o feijão, o milho e a soja como destaques desta típica cidade interiorana em que o ponteiro do relógio parece andar mais devagar. Este é o nosso ponto de partida de hoje. Afinal, foi nesta cidade que nasceu uma das profissionais mais atuantes do Mercado Cervejeiro Paulista: Lisa Torrano. De personalidade forte e perfil expansivo, a cidadã cajuruense não se sentia bem em sua terra natal devido ao tradicionalismo que imperava nas relações entre as pessoas. Não gostava muito de música sertaneja e da cultura de que a mulher ter que ter filho e ficar cuidando da casa”, relembra. E em meio às explosões de hormônios da adolescência, Lisa com seus 17 anos decidiu sair da sua cidade e foi rumo à Ribeirão Preto. O principal desafio foi o fato de que com sua idade era difícil arrumar emprego. E ela tinha que arrumar porque sua mãe disse que sem ter emprego na cidade ela teria que retornar à Cajuru. A solução? Emprego no McDonald’s. Por pouco tempo. Depois de seis meses de muito perrengue e aprendizados de vida, resolveu vir para São Paulo atrás de melhores oportunidades na esperança de arrumar uma boa grana logo para pagar a faculdade. Entrou em uma empresa de eventos onde começou como recepcionista e foi crescendo. Até o ponto em que via que não conseguiria ganhar mais dinheiro por lá (mesmo tendo crescido na empresa). Acabou rumando para o mercado de T.I. “mesmo sem entender o que era tudo aquilo” ao mesmo tempo em que fazia faculdade de Marketing. Na sequência foi para a multinacional SAP onde ganhava melhor, “mas não era aquilo que eu queria”.

Lisa Torrano e Marcelo Games
Em paralelo veio o início do namoro com Marcelo Games (hoje marido) que como ela mesma diz, “só ia para bares terríveis” e como a moça não era de tomar cerveja, encontrava dificuldades para tomar suas bebidas favoritas (vodca e vinho) nesses locais. Ela, então, acabou começando a provar as cervejas de larga escala. Só que certo dia quando foi ao tradicionalíssimo pub O'Malleys provou uma cerveja “diferente” e na hora pensou: “Como assim eu nunca conheci isso?!”. Era o início da sua história com as cervejas especiais.

Marcelo Games nessa mesma época (em 2013) começou a trabalhar como vendedor da então desconhecida Cervejaria Burgman (Sorocaba/SP). Lisa, que já estava começando a querer conhecer mais sobre cervejas, acabou resolvendo ajudar Marcelo com o trabalho de vendas da Burgman. Foi quando constatou que não havia no Facebook um grupo cervejeiro de São Paulo com pessoas de uma única cidade que pudessem se reunir e se encontrar. “Eu já havia tentado reunir pessoas de outros grupos e não deu muito certo. Eu queria promover encontros para ampliar meus conhecimentos sobre cerveja e para entender quem era esse novo consumidor de cerveja. Com isso eu também poderia ajudar o Marcelo”, relembra Lisa.

E no dia 28 de novembro de 2013 surgiu o Grupo Cerveja Artesanal São Paulo que hoje conta com mais de 18.500 pessoas. “Com a criação desse grupo aí sim o network se expandiu. E foi um negocio muito legal porque não precisamos fazer um esforço muito grande para as pessoas verem que era uma ideia legal. E aí o Grupo foi crescendo organicamente sem que eu tenha que ter investido muito para que ele crescesse”, destaca.

Capitão Barley
Seis meses depois, em 2014, foi promovido o 1º Encontro do Grupo no bar Capitão Barley. “Naquela época tinham cerca de 800 pessoas no Grupo e achávamos que iriam 30, 40 pessoas. Lá no evento contamos umas 200 pessoas. O que acabou fechando a rua porque não cabia todo mundo direito no bar e esgotaram todos os chopes que haviam sido comprados. Foi uma loucura e percebemos que havia um potencial aí”, conta.

Os eventos posteriores foram planejados para serem promovidos a cada seis meses tendo como grande referência o modelo do Great American Beer Festival. Só que rapidamente o evento foi crescendo e na edição de 2016 foram reunidas 2.700 pessoas (quase 10% da população da cidade de Cajuru). “Esperávamos conseguir 3.000 pessoas, mas infelizmente não conseguimos vender tudo muito por conta da crise econômica do país. Mas consideramos que foi um resultado bom principalmente porque sabemos que a crise vai passar e evento que não tiver qualidade não vai ficar”.

O nível de profissionalismo na organização do evento hoje é notável. E foi assim desde o 1º quando logo neste evento Lisa já pensou que deveria oferecer vantagens para os membros do Grupo que participaram do evento: descontos na compra de cerveja e sorteios de kits.

Cervejaria Suméria
Foi a partir da segunda edição que Lisa e Marcelo se uniram a passaram a organizar juntos os Encontros. Naturalmente, como o evento ainda não tinha as dimensões de hoje, o desafio de contatar as cervejarias era ainda maior. Foi aí que entrou em cena a participação de uma cervejaria que está junta no projeto até hoje: a Suméria (Santo André/SP). O hoje proprietário da cervejaria Marcelo Ribeiro nos conta o que mais motivou a Suméria a acreditar na proposta e no futuro deste evento: “Não há negócio fácil. Principalmente os que colocamos a paixão acima de tudo, mas a Lisa e Marcelo são extremamente competentes e grandes lideres, superando qualquer contratempo que porventura tiveram desde o 1º Encontro. E o que nos motivou a acreditar foi a proposta de valor de longo prazo. Desde o princípio sabíamos da seriedade, dos objetivos e de onde eles queriam chegar ao mesmo tempo em que nos deixaram muito confortáveis em poder estarmos juntos”, pontua o cervejeiro que ainda destaca a evolução do evento não só do tamanho do público como também nas inovações e na infraestrutura.

E por falar no trabalho de organização do casal, o que eles têm combinado é que a organização será sempre cuidada pelos dois. “Continuamos sozinhos na organização e será pra sempre! Não vamos abrir mão disso nunca. É o nosso acordo. Não queremos sócio, investidor... Porque o evento tem a nossa cara e no final não queremos ter uma pessoa só pelo dinheiro e que tenha uma agenda paralela”, pontua Lisa. Mas claro, em 2016 o casal contratou uma empresa para ajudar no trabalho operacional e uma pessoa para ajuda-los com as papeladas e para fazer o contato com as cervejarias.

A organização do evento também passa pela escolha do local e em 2016 foi o Centro de Convenções Frei Caneca que recebeu o Encontro. Mas por que este espaço? Simples. Lisa prima pela escolha de um espaço que seja fechado – ou seja: sem riscos de prejuízo ao evento com uma eventual chuva -, climatizado e que esteja próximo de uma Estação de Metrô para que o público possa chegar e sair do evento em segurança e evitando ao máximo a combinação álcool + direção.

Um dos atributos do espaço – localizado dentro do Shopping Frei Caneca – que dividiu a opinião de algumas pessoas foram os banheiros (locais muito importantes em eventos cervejeiros – ainda mais Open Bar). O Administrador de Empresas e Sommelier de Cerveja Bruno de Pieri destacou o fato de que se as filas nos banheiros estivessem muito longas, os participantes poderiam descer o usar os banheiros do shopping. Por outro lado, a Empresária Carolina Guidi Gagliano esperava encontrar mais banheiros no espaço sem que se tenha sido necessário o deslocamento até o andar inferior no shopping. Algo que sem dúvida alguma a organização poderá levar em conta nas próximas edições.

Carolina esteve no evento pela primeira vez a convite de um amigo que havia participado do Encontro do ano passado. Também foi a sua primeira experiência em um evento cervejeiro e a oferta de mais de 100 cervejas diferentes chamou sua atenção. Este ano comecei a provar cervejas especiais por influência dos meus amigos que gostam. Entendo bem pouco do assunto, acabo sempre pedindo opinião dos amigos para escolher qual beber e estou gostando da experiência!”, destaca. A empresária contou com a ajuda de um amigo para se servir no evento e ela gostou de uma cerveja que levava laranja. “Lembro que não gostei de uma que era vermelha que achei super amarga, mas experimentei porque achei a cor super bonita e diferente para uma cerveja”, revela. Outro ponto positivo foi o fato de que a jovem não se sentiu intimidada em um evento com presença muito forte do público masculino. Ponto para o amadurecimento do Mercado das Cervejas Especiais!

O Sommelier Bruno de Pieri é um habitue dos Encontros. Frequenta desde o 3º e como um “veterano” já chegou preparado. Um dos seus amigos presentes ao evento preparou uma planilha completa com todas as cervejas que estariam disponíveis para consumo. Assim, cada um marcava no papel qual cerveja já tinham provado. Assim, não perderiam as contas de quantas e quais degustaram. A própria Organização colocou no ar um aplicativo para celular em que também era possível marcar as cervejas degustadas e fazer uma análise sensorial sobre elas. As duas formas são interessantes para quem quer ter um controle do consumo. Eu mesmo levei um caderninho de bolso onde registrei 25 cervejas degustadas durante todo o evento.

O Vamos Bebeer até brincou com a Lisa dizendo que seis horas de evento é pouco tempo para conseguir degustar todas as cervejas. “Podem acreditar que não é. A questão mesmo é que se a gente colocasse mais tempo as pessoas iam ficar com o nível etílico mais elevado o que não é a intenção do evento. Não queremos ver ninguém passando mal”, pondera. Fica então o bom desafio de ter a esperança de conseguir provar todas as cervejas do evento. Em 2016 eram 115 no total. O que dá uma média de uma cerveja para se degustar a cada 3 minutos. É... Ao se considerar o tempo de serviço, das filas e do deslocamento, parece mesmo ser uma missão bem difícil, não?!

Cervejaria Dogma
E por falar em filas, o stand da Cervejaria Dogma foi um dos que mais chamou a atenção nesse quesito. Com pouco mais de um ano de operação, a Dogma - fruto da junção entre as três cervejarias ciganas Serra de Três Pontas, Noturna e Prima Satt – já pode se dizer que é uma das cervejarias artesanais de mais prestígio no Mercado. O que se comprovou com a procura do público pelas suas cervejas. E como explica Leonardo Satt, a alternativa encontrada pela Dogma para dar mais vazão ao serviço de chope foi virar as torneiras para que o público mesmo se servisse. Tentamos dar mais vazão à galera que queria beber e a única coisa que eu pensava durante o evento todo era tentar agilizar para que o pessoal não ficasse esperando tanto tempo na fila. Colocamos duas torneiras da cerveja Touro Sentado (American IPA) e organizamos uma fila apenas para ela e outra para as cervejas Hop Lover (Imperial IPA) e Modern Dogma (Imperial Mocha Porter). Queria que o pessoal ficasse o menos desconfortável possível. E quando acabou a Hop Lover engatei mais uma torneira de Touro Sentado”, conta.

Blondine Bebidas Artesanais
A Blondine Bebidas Artesanais (Itupeva/SP) também adotou este formato de serviço para o público. A Embaixadora da Marca Juliana Behr foi quem teve a ideia de deixar as torneiras voltadas para que o público mesmo se servisse. “Na verdade foi um teste e acabou dando super certo”, destaca. “Antes de entrar no Mercado Cervejeiro sempre tentei tirar o melhor proveito das cervejarias que conhecia e dos eventos que participava. Então pensei: ‘Se este é um evento open bar, por que não deixar o cliente livre para ter a sensação/experiência de tirar o próprio chope na quantidade desejada?’.  Acabou que a ideia foi bem recebida pois tínhamos quatro torneiras disponíveis e três pessoas acompanhavam tudo que acontecia no stand. Esta opção se tornou eficiente no sentido de satisfação do cliente, mas quanto a formação de filas os funcionários tomariam frente da chopeira para evitar tumulto. Foi o que aconteceu quando engatei a Juicy (American IPA recém lançada pela marca). Aí tive que assumir a chopeira em certo momento para minimizar a fila que ficou grande”, explica. E essa grande procura pelas cervejas da Blondine são resultado de um trabalho forte que a empresa vem executando no último ano de promoção da marca no Mercado.

A Blondine, tal qual a Suméria, participa há bastante do evento e a Embaixadora da marca destaca o crescimento da maturidade do público frente às cervejas especiais. “Participamos das ultimas três edições e é nítido que a cada vez o evento está maior, com muito mais clientes/consumidores interessados. Constatei que os participantes estão cada vez mais afiados quanto aos estilos, estão conhecendo mais e apurando o paladar. O evento tem trabalhado muito bem este quesito da cultura da cerveja artesanal”. Juliana também nos informou que procurou no seu stand oferecer cervejas que fossem gradativamente elevando o seu teor alcoólico. Uma medida interessante que talvez pudesse ser adotada por outras cervejarias. “Sei que era um evento open bar onde cada um toma quanto quer, mas acredito que a educação sobre cerveja e teor alcoólico faz parte do meu trabalho”, destaca.

Todas as cervejarias destacam o profissionalismo na organização do evento. Mas, naturalmente, Lisa Torrano nos relatou que sempre fica muito tensa antes de cada evento. “Sabemos que mexemos com um mercado muito arriscado que é um evento Open Bar onde as pessoas estão com caneca de vidro nas mãos. Meus maiores medos são que se tenha uma briga lá no evento, que dê algum problema na parte elétrica e as cervejas não fiquem geladas, entre outras coisas. Escutamos muitos elogios e muitas sugestões para melhorarmos. Em 2016 foi o evento mais bonito e o mais organizado tanto da nossa parte quanto o público presente que colaborou muito. Fico, portanto, com uma sensação de realização”, destaca.

Leonardo Satt da Dogma diz que o Encontro é um exemplo a ser seguido. “Já participamos de alguns eventos ‘furados’. Então começamos a filtrar quais iremos participar. Acho que precisa ser a política do ‘ganha-ganha’ como foi o caso no Encontro da Cerveja Artesanal São Paulo”. Marcelo Ribeiro da Suméria vê com bons olhos o fato de que o evento também privilegia os pequenos produtores.

O Encontro vem se tornando o maior da cidade de São Paulo e Lisa credita esse sucesso à personalidade do evento (seu grande diferencial). É um evento que tem a cara do casal que o promove de acordo com as suas convicções. Fazemos negócio com gente honesta”, endossa.

Cervejaria AlphaBier
A cada ano surgem oportunidades para que mais cervejarias participem do evento. Foi o caso da AlphaBier (Barueri/SP) em 2016. Felippe Machado Ferreira, um dos representantes da cervejaria, diz que seu pessoal já havia frequentado o evento em anos anteriores como público consumidor e que após lançar a cervejaria na vidada de 2015 para 2016 e já havia a intenção de participar de edição deste ano. “Quando a Lisa e o Marcelo divulgaram as datas entrei em contato para saber como participar como expositor. Segundo eles as vagas priorizam as cervejarias que tinham participado nos anos anteriores (nada mais justo) e a cervejaria passaria por uma curadoria para entrar no evento. Um tempo depois a organização nos convidou para participar do evento e aceitamos de imediato”, revela. Felippe destaca que o Encontro deixou um legado importante na trajetória da cervejaria: ela precisa participar de mais eventos como este porque é uma ótima maneira de estabelecer contato direto com o mercado produtor e consumidor. O que é o desejo do evento: estimular também a geração de negócios para as cervejarias participantes. Segundo Felippe, suas cervejas (uma Belgian Blond Ale e uma Imperial IPA) foram bem avaliadas pelo público.

E perguntada se o Encontro do Grupo Cerveja Artesanal São Paulo já está do jeito que vocês sonhavam, Lisa diz que está do jeito que o Marcelo sonhava e para ela ainda falta bastante coisa. “O meu sonho é nos aproximarmos cada vez mais mesmo de um Great American Beer Festival. Uma coisa enorme que seja referência na América Latina. Por enquanto estamos com foco total em São Paulo e sempre será nosso principal foco. Só que já estamos com cervejarias de outros estados e na próxima edição a ideia e colocar ainda mais cervejarias de fora do estado de São Paulo e, quem sabe depois do ano que vem, talvez uma ou duas cervejarias da América Latina. Queremos um próximo evento para mais de 3 mil pessoas e queremos uma presença forte de cervejarias de outros países da América Latina”, projeta.

Pode até parecer uma pretensão ousada. Mas o que se prova é que para o casal o que não falta é capacidade e vontade de continuar fazendo acontecer no Mercado Cervejeiro. E essa predestinação de Lisa Torrano para vencer as dificuldades se faz presente na frase do brasão da cidade de Cajuru: “Per Aspera Ad Astra” que em tradução livre do latim diz “Chegar à glória por caminhos difíceis”.

Mais sobre o 5º Encontro da Cerveja Artesanal São Paulo:

Cervejarias participantes:

- Alphabier (SP)
- Avós (SP)
- Backer (MG)
- Blondine (SP)
- Burgman (SP)
- Capitu (SP)
- Cevada Pura (SP)
- Cervejaria Nacional (SP)
- Crazy Rocker (SP)
- Dádiva (SP)
- Dahoravida (SP)
- Dama (SP)
- Dogma (SP)
- Dortmund (SP)
- Guarubier (SP)
- J.Beer (SP)
- Kalango (SP)
- Karavelle (SP)
- Landel (SP)
- Los Dias (SP)
- Mada (RJ)
- Madalena (SP)
- Mea Culpa (SP)
- Mestre Das Poções (SP)
- Nuremberg (SP)
- Perro Libre (RS)
- Schornstein (SC)
- Suméria (SP)
- Three Lions (SP)
- Urbana (SP)
- Votus (SP)

Expositores:

- Damek – Fermentadores de Cerveja
- Hop Hunters – Clube de Cervejeiro
- Bier Hub -  Aceleradora de cervejarias
- Realli – Importadora de Insumos cervejeiros
- Treze Beer – Clube Cervejeiro
- Sinnatrah – Cervejaria Escola e venda de insumos cervejeiros

Restaurantes:

- Chef Ronaldo Rossi
- Cozinha Eté/Butchers Truck
- Dos Food Truck
- Don Vito food truck
+ Queijos Vigor

Mais informações sobre o Grupo Cerveja Artesanal São Paulo no Facebook e no Site Oficial

Renan Geishofer - Jornalista e Sommelier de Cerveja

SIGA-NOS NAS REDES SOCIAIS

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Vamos Bebeer no COD (Craft on Draft)


Uri Benedykt é daqueles caras de papo fácil e que em cinco minutos de conversa já demonstram ter total conhecimento e domínio da sua área de atuação profissional. Também pudera. Ele acumula mais de 10 anos de experiência na área comercial e, como nós, paixão crescente pelas cervejas especiais (desde 2002). Uri já passou por muitas áreas do mercado cervejeiro. Começou comprando rótulos e montando cartas para estabelecimentos como a The Dog Haüs, trabalhou em importadoras como a Lorch e montou a operação da Get Your Beer (onde despertou seu olhar para preciosidades e cases de sucesso fora do país). Em 2015 passou a importar insumos como malte, lúpulo e leveduras na Realli - experiência que o colocou em contato com produtores nacionais. Co-fundou o The Tap Haüs, no Itaim, onde foi sócio até final de 2015. Toda sua experiência permitiu que hoje pudesse abrir uma casa com próprio conceito de negócio: o bar Craft on Draft.

A concepção do projeto

Fachada do Bar - Foto: Divulgação

O COD surgiu em São Paulo de maneira muito discreta sem ter tido um evento oficial para sua inauguração fruto de um projeto que Uri já trazia consigo há três anos. Sua inspiração? Um bar que ele viu em Singapura. Era 28 de dezembro de 2015 quando o empresário passou com um amigo em frente ao imóvel que estava para alugar. Ele entrou, viu a estrutura e decidiu que era este o ponto certo para abrir sua sonhada nano-choperia. “Eu já sabia que a FAAP (vizinha ao bar) perdeu muitos alunos e estava sem grande frequência. Mas pensei: ‘Não é possível que aqui no bairro (Higienópolis) não se tenha uns 300, 400 caras que tomem cerveja’. Vi que cabia a câmara fria, a cozinha, a operação... Em questão de 60 dias estava tudo pronto. Foram mais 30 para finalizar questões da marca. Em abril ainda segurei um pouco os últimos acertos dos pormenores e abrimos em maio”, resume. A escolha pelo mês de maio também se fez coerente porque daria tempo de toda a operação da casa se organizar durante os meses de junho e julho que são meses de inverno e férias (ou seja: de baixo movimento).

A aposta no projeto de Uri busca trazer ao Circuito Cervejeiro Paulistano um espaço para que o público apenas curta sua cerveja em um ambiente “limpo” dos estereótipos do Mercado. Ou seja: um local onde não se proponha apenas o lado da degustação de cervejas nos aspectos técnicos e de promoção de educação cervejeira. Lá você pode pedir seu chope e degusta-lo à sua maneira enquanto bate papo com seus amigos. “Vim resgatar aquele prazer de tomar cerveja, bater papo, fazer amigos no bar e beber pelo puro prazer de beber sem compromisso e sem frescura”, analisa.

Imagem estampada na parede lateral da casa
Foto: Divulgação
“Sempre gostei muito das marcas Mikkeller e To Øl e de todo o Movimento Escandinavo de Cervejas. Acho essa corrente sensacional não somente pela cerveja como na gastronomia. Afinal, a vanguarda está lá”, destaca Uri que também buscou nessas marcas a sua referência para o projeto de definição da arquitetura e comunicação visual da sua marca. Desenho que teve a assinatura da Agência Questto|Nó. “Misturamos o sintético com o artístico para não ser nada muito masculino nem feminino. Afinal, hoje temos que ter o cuidado com essas questões de machismo e feminismo. Além de querermos sair do comum do Universo Cervejeiro criando algo moderno e com muita brasilidade”, explica Uri.

Detalhes das Bolachas de Chope do COD | Craft on Draft
Foto: Montagem Vamos Bebeer

Detalhes da decoração
Foto: Vamos Bebeer
Adesão do público

E mesmo sem ter feito muito “barulho” na inauguração, o COD teve uma rápida adesão do público que fica na casa diariamente até 1 da manhã – adesão que se ampara também no fato de a casa não ter concorrentes diretos no bairro a na região (Pacaembu, Perdizes, Santa Cecília, Vila Buarque, Higienópolis e até um pedaço dos Jardins). E quando indagado sobre qual é o perfil do seu público, Uir brinca: “Entre 18 anos e estando vivo” (em referência ao fato de que o público da casa é muito variado).

As cervejas

A casa oferece 10 torneiras de chope sendo duas fixas com rótulos exclusivos da casa e oito rotativas entre nacionais e importadas. As cervejas da casa (degustadas pelo Vamos Bebeer) são dos estilos Pilsen e IPA. 






Chope COD Pilsen
Foto: Vamos Bebeer
A COD Pilsen

O estilo foi escolhido como sendo o que atende a um consumo padrão de todos os consumidores que bebem cerveja. Ela tem base de uma Bohemian Pilsner mesclando com uma German Pilsner. “Trabalhamos com o malte para que o cliente tenha a real percepção de estar tomando uma cerveja Puro Malte”, explica Uri. É uma cerveja muito leve, refrescante, com boa presença de malte e do lúpulo tanto no aroma quando no sabor. Seu amargor não é agressivo e seu corpo baixo torna-se um convite para um próximo gole (em virtude também do seu alto drinkability).









Chope COD IPA
Foto: Vamos Bebeer
A COD IPA

O estilo foi escolhido como “Tendência de Consumo”. “Eu até teria uma Weizen no lugar e também uma Witbier. De modo que a IPA seria a minha última opção. Mas como a IPA vem tendo forte aceitação do mercado, a coloquei aqui”, destaca. A IPA é uma “IPA de Volume”. Ou seja: não tem amargor muito agressivo. É possível tomar vários Pints em sequência sem que o consumidor fique com o paladar muito “amargado”. Apresenta bom caráter maltado e muito frescor do lúpulo.












Inclusive, por falar em frescor, Uri revelou que suas cervejas são envasadas na quarta-feira de madrugada e na quinta-feira logo às 10h00 já estão chegando totalmente frescas e sem sofrerem muito desgaste no trajeto da Cervejaria Quinta do Malte (em Socorro/SP) até o bar.

Seu bolso pergunta: Os chopes de casa têm valor que variam de R$ 7,00 pelo Half Pint de Pilsen a R$ 52,50 a jarra de 2 Litros do Chope IPA

Mais do cardápio

Porções de Acepipes do COD | Craft on Draft
Foto: Divulgação
Como diferencial para petiscar, o COD resgata a “gastronomia de boteco”, com porções de acepipes tradicionais, como tremoço, picles, lingüiça apimentada e azeitonas recheadas, além de uma oferta semanal de queijos variados, embutidos artesanais e empanadas (provamos a Criolla Tradicional Argentina cuja receita remete às produções de Mendoza que é bem interessante e leva carne temperada refogada com passas, ovo cozido e azeitona sendo que todas são produzidas com massa semi-folhada). O cardápio de drinques ainda será ampliado, mas já é possível provar, por exemplo, os clássicos e tão em evidência Negroni e Gim Tônica; além de Uísques e outros destilados. Nem comprei copos para drinques. Sirvo em Pint e em Half Pint”, brinca o empresário.

Empanadas do COD | Craft on Draft
Foto: Divulgação

Detalhe do Barril onde se armazena o Drinque Negroni
Foto: Vamos Bebeer

Seu bolso pergunta: As porções e empanadas custam R$ 8,00. Já a tábua de queijos e a costela defumada custam R$ 35,00

Fica nossa sugestão de novo point cervejeiro que vocês devem conhecer.

Foi lá? Marque suas postagens com a hashtag #vamosbebeer para que possam Bebeer Juntos! ;)

Serviço – COD | Craft on Draft

Onde fica? Rua Alagoas, 900 (Higienópolis - São Paulo/SP)
E para falar com a casa? (11) 3938-5977
Que dia abre e em que horário? De terça a quarta das 17h00 às 00h00. Às quintas das 17h00 às 01h00. Às sextas e sábados das 17h00 às 02h00. Aos domingos das 15h00 às 21h00
Para mais informações acesse a Página da Casa no Facebook

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Cervejas Especiais e os Pokémons


É isso mesmo amigos e amigas da cerveja. O Vamos Bebeer também foi impactado pela onda do Pokémon Go e abre um espaço no Blog para o jogo que vai deixar muito marmanjo viciado nos próximos dias. Este que vos escreve já foi um grande fã do desenho. Tinha álbum de figurinhas (que ficou incompleto), bonequinhos, assistia aos episódios na TV, foi ao cinema assistir aos filmes e ainda hoje nutre pelos bichinhos certo carinho e apreço. Mas, como acredito que já passei da fase de ficar vidrado em games, gostaria de trazer neste post uma relação dos monstrinhos com o nosso líquido sagrado.


Por isso, venham com o Vamos Bebeer neste Guia em que vou procurar apresentar quais são as cervejas (e estilos) que podem melhor representar alguns dos Pokémons. Vamos nessa?!

Blondine Papito + Pikachu


Comecemos pelo monstrinho mais famoso e carismático da história. O Pikachu é um ratinho cheio de energia (afinal é um Pokémon Elétrico) e que é um grande companheiro do seu treinador Ash. De modo que sua cerveja tem que ser uma cerveja democrática, com uma pitada de potência e que seja uma companheira de todas as horas para o cervejeiro. Nada melhor do que a cerveja Blondine Papito. A cerveja apresenta uma nova vertente das cervejas Lager com sua India Pale Lager (uma versão mais forte de uma Pale Lager padrão – caso da cerveja Paulistânia que foi apresentada no nosso 1º Vídeo do Canal). O estilo se propõe a ter mais amargor do que uma Lager mais simples e chega ainda com a potência de seu “garoto propaganda”, o cantor Supla. Os raios do Pikachu parecem ter dado um “up a mais” na cabeleira punk do cantor que não poupa decibéis em suas apresentações. E por ser uma cerveja Lager, a Blondine Papito pode ser uma boa pedida em todos os momentos. Tal qual o companheirismo do bichinho.

PS: Cerveja ainda não degustada pelo Vamos Bebeer

Amazon Forest Bacuri + Bulbasaur


Com traços que podem lembrar uma mistura de sapo com dragão, o Bulbasaur é o Pokémon que abre a fila da relação oficial de monstrinhos. Sendo um Pokémon de Grama, nada melhor do que olharmos para as produções cervejeiras que acrescentam insumos naturais nas suas receitas. Naturalmente a cervejaria Amazon Beer é uma das melhores pedidas para trazer a nossa cerveja. O estilo? Fruit Beer com a Amazon Forest Bacuri. Cerveja que pode ser uma cerveja de entrada em uma degustação, a Bacuri traz os aromas e sabores do fruto amarelo de mesmo nome colhido na Região Amazônica. O fruto confere aroma cítrico à cerveja cujo sabor que fica bem presente no seu aftertaste é azedo. Uma cerveja bem interessante e surpreendente por sua complexidade sensorial aliada a um baixo teor alcoólico.

PS: Cerveja já foi degustada pelo Vamos Bebeer

Pilsner Urquell + Blastoise


Por se tratar de um Pokémon de Água temos que pensar em uma cerveja que teve sua origem pautada justamente na escolha do líquido. Temos que pensar também que o Blastoise é um “Senhor Pokémon” já no último estágio de sua evolução. Ou seja: a cerveja tem que ser de um estilo clássico e cheio de história. Nada mais justo do que indicar a Pilsner Urquell (que foi apresentada no nosso 5º Vídeo do Canal). A bebida se tornou um ícone por ter sido a primeira cerveja Pilsen da história em virtude de ter sido produzida com um tipo de água que conferiu todas as características que transformaram a cerveja em um grande acontecimento da época. A água mole da região da cidade de Plzen (na República Tcheca) auxiliaram na produção de uma cerveja dourada bem límpida, refrescante e de alto drinkability. E como estamos a comparando com uma tartaruga que também tem hábitos terrestres, recorremos à natureza para destacar o clássico lúpulo tcheco Saaz que é utilizado na produção da Pilsner Urquell.

PS: Cerveja já foi degustada pelo Vamos Bebeer

Ballast Point Habanero Sculpin + Charizard


Outro momento em que trazemos uma cerveja de “gente grande”. Neste caso uma pedida cheia de personalidade. É a cerveja Ballast Point Habanero Sculpin. A cerveja tem como base o estilo American India Pale Ale que já é conhecido pela potência extra de amargor. Que dirá quando “temperada” com pimenta Habanero (que chega a ser 50 vezes mais forte do que a conhecida pimenta Jalapeño). Preciso dizer mais alguma coisa sobre esta cerveja e sobre o porquê de ela ser colocada ao lado deste grande dragão?!

PS: Cerveja já foi degustada pelo Vamos Bebeer

Lindemans Kriek + Jigglypuff


O gorducho e rosado Jigglypuff é um Pokémon simpático e dócil. A ponto de que seu grande super poder é o da sua canção de ninar que deixar os oponentes contando carneirinhos. Por isso sua cerveja seria a leve Lindemans Kriek. Outra cerveja do estilo Fruit Beer que surge com mais doçura proveniente da cereja (fruto utilizado em sua composição). Pode ser uma boa pedida em um fim de noite harmonizando com uma sobremesa antes do cervejeiro pegar no sono.

PS: Cerveja já foi degustada pelo Vamos Bebeer

Brooklyn Sorachi Ace + Persian


Uma cerveja sedutora. É assim que podemos resumir o perfil da Brooklyn Sorachi Ace. Produzida pelo grande Mestre Pokémon Cervejeiro Garrett Oliver, esta Saison chega bem de mansinho escondendo seu teor alcoólico de 7,6% ao apresentar aromas e sabores dos mais complexos com toques frutados. E se o desenho é japonês, nada mais justo do que indicar esta cerveja cujo lúpulo (Sorachi Ace) vem do Japão. Tal qual um felino astuto e sempre carente por um pouco de carinho, esta cerveja surge para laçar os paladares daqueles que gostam do que a vida tem de melhor.

PS: Cerveja já foi degustada pelo Vamos Bebeer

Fullers ESB + Articuno


Começando nosso trinca de Pokémons Lendários, chegamos com o Articuno. A ave vem de terras gélidas e, por isso, a cerveja que pode ser uma boa indicada para representá-la é a Fullers ESB. Afinal, o estilo Extra Special Bitter traz consigo muita carga de malte e teor alcoólico mais elevado que possibilita sensação aquecedora para quem a degusta. Até sua temperatura de serviço não é muito baixa (entre 6ºC e 8ºC). Sem contar que é uma cerveja clássica de um estilo dos mais elegantes.

PS: Cerveja já foi degustada pelo Vamos Bebeer

Tripel Karmelit + Zapdos


Por falar de cerveja clássica, o que dirá da Tripel Karmeliet?! Por isso a colocamos ao lado do Zapdos. Enquanto o Pikachu ficou com uma cerveja menos intensa, o Zapdos - outro Pokémon Elétrico - com seus raios requer uma cerveja mais complexa e estruturada. A Tripel Karmeliet apresenta no aroma e no sabor notas frutadas e condimentadas que de tão equilibradas deixam em segundo plano o seu elevado teor alcoólico de 8,4%.

PS: Cerveja já foi degustada pelo Vamos Bebeer

Paulaner Salvator + Moltres


Fechamos nossa trinca de Pokémons Lendários com o Moltres. A Ave de Fogo também pede um estilo clássico, estruturado e com elevado teor alcoólico. O que encontramos na Paulaner Salvator. Esta cerveja é do estilo Doppelbock. Ou seja: uma Bock “evoluída” com o dobro das suas características primárias. Apresenta alta carga de malte que conferem ao estilo notas de caramelo e toffee; além de elevado teor alcoólico (entre 6,6% e 7,9%) que trazem sensação aquecedora para quem a degusta. Cerveja elegante e de personalidade forte que como as duas anteriores pedem um momento especial para serem degustadas com ainda mais sabor.

PS: Cerveja já foi degustada pelo Vamos Bebeer

Eisenbahn Lust + Mewtwo


Tido com um dos Pokémons mais raros, o Pokémon Psiquico Mewtwo pede uma companhia a altura. Por isso indicamos a Eisenbahn Lust. Cerveja do estilo Bière Brut, esta cerveja traz a elegância da champanhe em forma de cerveja. Ela foi a primeira cerveja do estilo a ser produzida no Brasil e apresenta toques frutados e é muito refrescante. Além de sua coloração dourada ser um colírio para os olhos (ainda mais quando servida em uma elegante Taça Flut). E tão únicos quanto encontrar e capturar o Mewtwo são os momentos em que os cervejeiros aproveitam para degustar esta cerveja!

PS: Cerveja já foi degustada pelo Vamos Bebeer

Esperamos que tenham gostado da nossa brincadeira cervejeira com os monstrinhos do Pokémon!

E na onda do “Temos que pegar!”, não se esqueçam que também “Temos que brindar!” :P

Um forte abraço a todos!

Renan Geishofer - Jornalista e Sommelier de Cerveja

SIGA-NOS NAS REDES SOCIAIS