Olá cervejeiros e cervejeiras! Tudo bem?
Dando sequência às nossas postagens
especiais da “Semana DUM Cervejaria”, apresento hoje uma cerveja que tem tudo a
ver com o nosso clima tropical ainda mais em São Paulo, de onde escrevo, que
não chove de verdade nem sei há quanto tempo e o calor parece que resolveu
ficar de vez. Refiro-me a um estilo cuja origem é belga e que vem ganhando cada
vez mais espaço no mercado brasileiro: o Witbier.
E a DUM Cervejaria lançou em 2014 no Festival Nacional da Cerveja em Blumenau a Grand Cru. Uma verdadeira obra de arte que também chama a atenção por causa de seu rótulo. E é sobre ele que quero começar a discorrer este texto.
“Le fils de l'homme” |
A inspiração
No início do século passado – mais precisamente
nos anos 1920 - surgiu um movimento artístico que questionava as crenças
culturais vigentes até então na Europa. Era o surrealismo cujos artistas então
se voltaram para produzir uma arte pautada unicamente na liberdade de expressão
resgatando as emoções e o impulso humano.
Um desses artistas foi René Magritte (um
dos maiores artistas surrealistas belgas). Olha aí a Bélgica novamente no nosso
caminho... Ele no início da carreira foi designer de cartazes e anúncios e em
seus quadros são metafóricos misturando elementos do dia a dia que são inseridos
em contextos impossíveis de serem encontrados na vida real.
Tal qual o quadro “Le fils de l'homme” (”O
filho do homem”, em tradução livre para o português) em que um homem
engravatado tem o rosto coberto por uma maçã verde.
Quando
a prateleira virou museu
Condizente com sua atuação de ser uma
cervejaria que foge completamente da produção padrão de cervejas, a DUM bebeu
da fonte de René Magritte e produziu o rótulo da sua Double Witbier inserindo
uma laranja – ingrediente utilizado na produção de muitas Witbiers - no lugar
da maçã verde e levou o rótulo para o Concurso de Rótulos do Festival Nacional
da Cerveja de Blumenau em 2014. O resultado: medalha de prata.
O designer Magritte ficaria orgulhoso dos
cervejeiros e do designer da DUM.
E a
cerveja?
A cerveja Witbier leva os tradicionais elementos
da cerveja (água, malte de cevada, lúpulo e leveduras) com o acréscimo de casca
de laranja, sementes de coentro e trigo não maltado. Ou seja: é uma cerveja
riquíssima em sabor e aroma, é refrescante, apresenta coloração pálida bastante
característica e o aspecto visual é turvo (por não serem filtradas) com corpo
médio e boa formação de espuma. E na Grand Cru ainda há a adição de aveia e
trigo na receita.
Essa cerveja me surpreendeu e me agradou
muito. Afinal, pude tomar uma cerveja feita com trigo e que não fica com aquele
gosto persistente de trigo no fundo da garganta típico das cervejas Weiss.
A Grand Cru é ideal para dias quentes e
para acompanhar pratos como: peixes, frutos do mar, risotos, comida japonesa,
saladas e também para embalar aquele lanche da tarde com – obviamente - um bolo
de laranja.
Uma curiosidade é que para produzir 2 mil
litros da Grand Cru são necessárias cascas de 3 mil kg de laranja (a utilizada
é a Bahia).
E em tempos de calor rigoroso e falta d’água,
faça inveja aos amigos e sucesso no Instagram tomando uma Grand Cru à beira da
piscina ou ao lado de um ventilador só seu. E, claro, marcando suas fotos com as hashtags #vamosbebeer e #semanadum.
Um forte abraço e “Vamos bebeer?”!
Ficha
técnica:
Estilo: Double Witbier
Teor
alcoólico:
5,8%
Seu
bolso pergunta:
Preço
médio: R$
15,00 (355 ml)
Onde
comprar?
Loja Cerveja Store
Onde
tomei?
Degustação no HB Beer (valor de R$ 20,00)
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